Desde que me descobri um apaixonado pela gastronomia, minhas viagens não são mais as mesmas. Hoje, viajo para comer e beber. Escolho o destino pela quantidade de delícias que tenho vontade de provar lá. Outras atrações como museus, teatros, lojas e monumentos são sempre bem-vindas, mas estão em segundo plano.
A primeira etapa é a pesquisa dos restaurantes, bares e produtores locais. Começam as buscas em guias, sites, blogs, perfis de Instagram e aplicativos locais de celular. Também peço dicas nas redes sociais para os amigos viajados. É nesse momento que inicio a viagem. Começo com entusiasmo e termino com uma certa angústia por saber que não vou conseguir experimentar tudo o que foi mapeado.
O próximo passo é tentar organizar os lugares numa agenda mental dos dias que estarei em tal lugar. Para os restaurantes mais concorridos, acabo reservando com antecedência, mas isso é algo raro. No entanto, sempre deixo um grande espaço na agenda para as dicas dos locais. Pergunto às pessoas que acabo conhecendo quais são os lugares imperdíveis por lá. E o mais legal de tudo isso é que acabo bagunçando e mudando absolutamente todo o roteiro que montei antes. As dicas que recebo de quem conhece bem a cidade quase sempre acabam sendo as mais marcantes.
Quando estou de férias, me recuso a ser comedido no que vou comer e beber. Se não me mantenho em forma em Porto Alegre, que dirá quando estou em lugares com tanta coisa boa para provar. E também evito calcular e converter cada dinheiro investido. Digo a quem estiver comigo um "já que estamos aqui, vamos aproveitar" e busco viver intensamente cada momento.
Por falar em viver intensamente, sempre tem aquele paradoxo de fotografar as viagens e especialmente as comidas. Com os celulares cada vez mais potentes, a obsessão por registrar todos os instantes está cada vez maior. Gosto de registrar tudo o que como até por causa do meu trabalho, mas faço questão de na maioria dos momentos deixar a câmera de lado e concentrar no que realmente importa: viver uma experiência inédita e inspiradora, algo marcante que eu vou lembrar por muito tempo na memória.
Outra coisa que faço sempre em viagens é comprar produtos característicos do local. A oportunidade de provar sabores que te remetem novamente a outra cidade é sempre uma alegria. Minha mala sempre volta cheia de garrafas e umas comidas enroladas nas roupas. Por essas e outras que viajar é um investimento que sempre vale a pena, se for para comer e beber bem, melhor ainda.
* Conteúdo produzido por Diego Fabris