Conhecido por se autodenominar o Party King (Rei da Festa, em tradução livre), Sean "Diddy" Combs aparentemente pensava estar mais associado à realeza do que de fato estava. Conforme revelado por um antigo representante do rapper, ele era um grande fã dos príncipes William e Harry. Contudo, mesmo após inúmeros convites, os irmãos nunca compareceram a uma de suas festas.
Rob Shuter, que trabalhou como publicitário do músico entre 2002 e 2004, contou à rede BBC que Diddy tinha uma "profunda fascinação" pelos dois membros da família real.
— Ele se considerava um rei, então faz todo o sentido que ele quisesse ter dois príncipes em sua comitiva — observou o publicitário.
Diddy teria feito Shuter ligar para Harry e William mais de 10 vezes para convidá-los aos eventos que promovia. Segundo o publicitário, os irmãos nunca aceitaram os convites, mesmo com Combs se oferecendo para pagar as viagens, hospedagens e até mesmo a segurança da dupla.
— (Eles) nunca aceitaram (os convites), nunca fizeram parte do mundo dele — observou.
Além disso, o ex-funcionário afirmou que Diddy mantinha fotos emolduradas do príncipe de Gales e do duque de Sussex em seu apartamento em Nova York.
Que eventos seriam esses?
Shuter não especificou se os eventos para os quais Harry e William foram convidados tratavam-se das white parties (festas de branco), promovidas por Diddy em sua casa em East Hampton, entre 1998 e 2009.
Nestas festas, também apelidadas de freak-offs, o proprietário da Bad Boy Records recebia inúmeras celebridades da indústria do entretenimento. Segundo a Justiça dos EUA, as acusações que o rapper enfrenta surgiram no contexto desses eventos.
Fotografados juntos
Em julho de 2007, Harry e William conheceram Diddy em um concerto beneficente realizado em homenagem à mãe deles, a princesa Diana, na Arena Wembley.
Na ocasião, a dupla posou para uma foto ao lado do músico e de Kanye West. Também estiveram presentes no evento nomes como Tom Jones, Natasha Bedingfield e Joss Stone.
O que pode acontecer com Diddy?
O rapper está preso desde 16 de setembro no Metropolitan Detention Center, localizado no Brooklyn, em Nova York. Acusado de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, ele nega envolvimento nos crimes.
Conforme noticiado pela imprensa internacional até o momento, mais de 120 pessoas se dizem vítimas do empresário. As autoridades dos Estados Unidos, inclusive, o acusam de administrar um "empreendimento criminoso" voltado para o tráfico sexual, sequestros e abuso físico.
Caso Diddy seja considerado culpado pelos crimes de que é acusado, ele poderá enfrentar prisão perpétua. O julgamento do artista está marcado para iniciar em 5 de maio de 2025.