O rapper Sean "Diddy" Combs, preso desde o dia 16 de setembro, acusado de abusos, tráfico sexual e organização criminosa, está detido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, em Nova York. Ele se declarou inocente.
O local, conhecido como MDC, já abrigou "celebridades". Na lista de criminosos que já passaram por lá, estão o rapper R. Kelly, condenado por extorsão, tráfico sexual e pornografia infantil, e Ghislaine Maxwell, sócia do bilionário Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores de idade. Outro nome é o do empresário Billy McFarland, idealizador do Fyre Festival, evento luxuoso que se revelou um fiasco (e nunca chegou a realmente ocorrer). Ele foi condenado, em 2018, a seis anos de prisão por fraude.
Conforme a CNN americana, atualmente, o músico está em uma seção especial, onde são alojados aqueles que precisam de proteção adicional e ficam longe de outros detentos.
Ainda segundo a BBC, advogados de Diddy pediram que ele aguardasse o julgamento em liberdade, alegando "condições horríveis" na prisão. Porém, as autoridades defenderam que havia um "sério risco de fuga" e o pagamento de fiança foi negado.
Inaugurado na década de 1990, o Metropolitan Detention Center do Brooklyn abriga, atualmente, cerca de 1,2 mil presos e acumula histórico de reclamações. Conforme a Associated Press, uma equipe do Bureau of Prisions trabalha para resolver as mais de 700 solicitações em atraso na unidade.
Neste ano, um homem morreu após ser ferido em uma briga deflagrada na unidade. Segundo o The New York Times, na ocasião, o advogado do réu chamou o local de "inferno na terra", por permitir uma morte que era evitável. De acordo com o The Daily Beast, ao menos quatro juízes de Nova York se recusaram a enviar réus para o centro de detenção nos últimos anos, em razão das condições do local.