Fãs e críticos estão elogiando Cowboy Carter, o novo álbum imerso no espírito country de Beyoncé, um trabalho que já está subindo nas paradas após seu tão esperado lançamento, nesta sexta-feira (29). Trata-se de uma vasta homenagem à sua herança sulista e o segundo ato, com 27 músicas, de sua trilogia Renaissance.
"Ninguém confundirá este extenso set com seguir um caminho reto ou ter um momento remotamente entediante", escreveu o crítico da revista especializada em entretenimento Variety. Esse é o oitavo álbum da discografia da cantora e o primeiro voltado completamente ao country.
É cedo demais para dizer até onde Cowboy Carter e sua extensa lista de canções chegarão, mas é certo que o álbum tem um enorme potencial comercial. Estão na lista as músicas Texas Hold' Em e 16 carriages, lançadas em fevereiro. A conquista redefine o gênero e destaca a cultura country negra.
"Mas não se trata apenas do que Beyoncé pode fazer pela música country; é o que seu conceito de country pode fazer por ela, ao ampliar seu império musical e até mesmo seu já bem esculpido senso de si mesma. É muita coisa", acrescenta a publicação.
A artista de 42 anos, nascida em Houston, no Texas, foi pioneira nos lançamentos surpresa de álbuns pela internet, mas para os dois primeiros atos da Renaissance, recorreu a uma estratégia de marketing mais tradicional, com promoções planejadas e edições físicas luxuosas à venda. Sua ode à dança em Renaissance a levou ao topo da Billboard quando foi lançada em 2022, e Cowboy Carter parece estar pronto para repetir o feito.
A megaestrela guia os ouvintes ao longo da evolução do country, em uma jornada desde os sons do gênero 'spiritual' afro-americano e as notas de violino até suas pioneiras mulheres, como na colaboração com Linda Martell, e então projeta uma visão de futuro.
Embora dê uma lição de história, Cowboy Carter é essencialmente um manifesto que se inclina para a liberdade de se deixar levar.
Em meio ao frenesi, Beyoncé oferece retratos emocionantes sobre maternidade, celebrações ao sexo e ao amor, e até mesmo uma fantasia de assassinato por vingança. Também selecionou um mosaico de estrelas jovens - incluindo Miley Cyrus, Post Malone e Tanner Adell - e ícones da velha guarda como Willie Nelson e Dolly Parton.
"Guerreira do orgulho feminino e negro"
Os maiores astros aparecem como locutores de uma transmissão fictícia de rádio. Nelson diz aos ouvintes: "Agora, para a próxima canção, quero que todos se sentem, inspirem e vão a esse lugar bom, onde sua mente gosta de vagar". Parton apresenta a versão do álbum para Jolene; e em Ya Ya, uma psicodélica mistura de soul dance, Beyoncé sampleia These Boots Are Made for Walkin', de Nancy Sinatra.
Em Sweet Honey Buckiin', ela incorpora o hip-hop e o house para homenagear o primeiro ato de Renaissance, que celebra as origens e a evolução negra na música eletrônica. Em poucas palavras, o álbum é "épico, fresco e potencialmente revelador", segundo os críticos da Variety.
"Com este projeto infinitamente divertido, [Beyoncé] se torna uma guerreira do orgulho feminino e negro e uma queridinha do rádio. Porque ser Beyoncé significa nunca ter que fingir ser apenas uma coisa", afirma a revista