Desde 2018, Alexandre Pires percorre o Brasil com o seu Baile do Nego Véio, espetáculo que revisita os grandes hits da década de 1990. No palco do Planeta Atlântida 2025, em 31 de janeiro, sexta-feira, o cantor mineiro fará a última apresentação da celebrada turnê em solo gaúcho, pois, em abril, planeja lançar um novo projeto.
Neste bate-papo, falamos sobre o repertório do show no Planeta, que ocorre nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2025, na Saba (confira o serviço completo abaixo), músicas que marcaram sua trajetória e o carinho dos gaúchos com o mineirinho mais amado do Brasil.
— O público gaúcho sempre foi muito generoso comigo, com a minha carreira, com o meu trabalho — pontua Alexandre.
É a sua segunda vez no palco do Planeta Atlântida. A primeira, em 2015, foi uma apresentação com o projeto Gigantes do Samba. Como está o coraçãozinho para esse novo momento no festival?
Estou feliz demais de poder participar desse festival, de estar no Rio Grande do Sul. O público gaúcho sempre foi muito generoso comigo, com a minha carreira, com o meu trabalho, não só com o meu trabalho, mas com a música brasileira. O gaúcho curte tudo, gosta de tudo. E é muito sambista, é muito pagodeiro. Eu sempre falo isso: que um dos grandes públicos que eu tenho, no Brasil, é no Rio Grande do Sul. É um povo pelo qual eu tenho um carinho imenso, uma gratidão absurda. E estar aí é sempre motivo de muita alegria para mim, de muita emoção, porque todos os shows são muito felizes. O público participa, canta todas as músicas. Com certeza, no Planeta, não será diferente. É um grande festival, em que nós temos grandes artistas brasileiros. Estar presente, para mim, é uma grande honra.
Há anos, o Rio Grande do Sul prestigia o Baile do Nego Véio. Pensa em preparar alguma inovação no repertório do show para o Planeta?
Sim, eu vou. No Planeta, é um show mais resumido. Nós temos uma hora, uma hora e 10 minutos de show, né? Seria um resumo do Baile, que tem duração de três horas. É uma grande festa, uma celebração à música dos anos 1990, que veio, justamente, para falar disso, para fazer uma retrospectiva dessa década tão marcante na vida de todos nós. E a intenção do Baile, além de cantar os meus sucessos, é também de cantar os sucessos de outros artistas do samba e, inclusive, de outros gêneros musicais. Eu canto um pouco de tudo: samba, funk, pop, pop rock, axé, sertanejo, os meus sucessos, claro, os sucessos de queridos irmãos, amigos de grupos de samba e pagode dos anos 1990, que também brilharam. Vou tentar resumir, em uma hora, uma hora e pouquinho, mas acho que vai ser legal, o público vai curtir. Poxa, eu tô amarradão nesse momento de poder celebrar mais uma vez o Baile do Nego Véio com esse público maravilhoso, que não é só do Rio Grande do Sul, o Planeta recebe público do Brasil inteiro, é um grande festival, a gente sabe disso.
Já que falamos em canções de sucesso, na sua opinião, tem alguma música da sua trajetória que poderia ter feito mais sucesso e talvez tenha sido subestimada pelo público? E em qual faixa você não apostava tanto assim, mas o desempenho surpreendeu?
Vou começar pela música que surpreendeu. Na verdade, foram duas músicas que me surpreenderam. A primeira, que não era bem uma música, era uma brincadeira, uma sátira que eu fazia, lá em Uberlândia, Minas Gerais, Barata da Vizinha. Foi uma brincadeira que a gente resolveu incluir no nosso primeiro disco, lançado em março de 1993. E que, de repente, virou um grande sucesso. Sucesso esse que até Chico Anysio (1931 — 2012) levou para a Escolinha do Professor Raimundo. Ele abria a Escolinha cantando um pedaço de A Barata. Inclusive, me convidaram pra ir no programa. Eu fui, né? O Seu Boneco (personagem do ator Lug De Paula) era o meu empresário (risos). Aquilo foi um sonho. Você imagina? Eu não imaginava uma situação dessa na vida. Depois, em 1997, tinha uma outra música que eu também não acreditava muito, achava poderia ser uma música muito "amostrada", como a gente fala lá (em Minas), pensava que seria uma música muito regional, Mineirinho. Ela não foi trabalhada, mas aconteceu nas ruas e, depois, começou a tocar nas rádios, mas não era a música de trabalho daquele disco. Sobre as músicas subestimadas, na verdade, são muitas (risos). Às vezes, não dá tempo de explorá-las, acabam ficando um pouco perdidas, mas as músicas têm o seu momento. Às vezes, a gente acaba regravando algumas, e o público acaba curtindo.
Com a proximidade do final do ano, é comum fazer um balanço do que foi positivo e do que poderia ter sido melhor. Como foi 2024 para ti?
Olha, 2024, assim como todos os anos em que eu venho fazendo o Baile do Nego Véio, de 2018 para cá, têm sido maravilhosos. Aliás, são os últimos shows: o Planeta vai receber o último Baile no Rio Grande do Sul. Porque, em abril, já lanço uma nova turnê. Então, de 2018 para cá, são momentos maravilhosos. Nós tivemos, é claro, momentos difíceis, como a pandemia. Mas eu só tenho a agradecer, foram anos maravilhosos. Esse ano de 2024 foi intenso, de muito trabalho, de muitas surpresas. Sempre agradeço muito a Deus por ter sido tão generoso comigo, com a minha família, com os meus companheiros de trabalho, porque a gente não faz nada sozinho, né?
Além do final da turnê do Baile, ainda segue na estrada com SPC Acústico 2 – O Último Encontro. Como foi conciliar as agendas dos dois espetáculos?
Me dá muita alegria o fato de estar com os meninos do SPC mais uma vez, a gente viajando o Brasil. A gente segue com a turnê. No ano que vem, ainda temos alguns shows para cumprir. Está sendo mágico, maravilhoso. Mas, realmente, é um desafio, porque são dois shows distintos: os arranjos são diferentes, enfim. É um teste de memória incrível (risos). Não é difícil, mas você tem que estar atento, né? São duas situações distintas.
Como adquirir ingressos
Os ingressos para o festival podem ser adquiridos pelo site do Planeta Atlântida e nas Lojas Renner da Avenida Otávio Rocha, 184, e do Shopping Iguatemi, em Porto Alegre. As entradas têm possibilidade de parcelamento em até seis vezes sem juros — clientes Banrisul poderão parcelar em até 10 vezes.
O Planeta Atlântida está sujeito a classificação indicativa e menores de 14 anos não entram no evento, mesmo acompanhados pelos pais ou responsáveis legais
A 28ª edição do festival é uma realização do Grupo RBS e da DC Set Group e tem patrocínio de Renner, Banrisul, Coca-Cola, KTO e Budweiser.
Line-up por dia do Planeta Atlântida 2025
Sexta-feira (31/1)
- 3030
- Ana Castela
- Anitta
- Aperte o Play
- Baile do Nego Véio — Alexandre Pires
- Cachorro Grande 25 anos
- DJ Topo
- Filipe Ret Convida Caio Luccas
- Lagum
- Luísa Sonza Convida
- Neto Fagundes
- Pedro Sampaio
- Poesia Acústica convida Cynthia Luz
- Teto
- Vera Loca
Sábado (1/2)
- Armandinho
- BDP (Kevin O Chris, Livinho e Ariel B.)
- Carol Biazin
- Comunidade Nin-Jitsu & MC Jean Paul
- Dilsinho
- DJ MU540
- Dubdogz by Dogzparade
- Gupe
- Matuê — 333
- Natiruts
- Os Garotin
- Sorriso Maroto
- Syon Trio
- Wiu convida Brandão
Planeta Atlântida 2025
- O festival será nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2025.
- Ingressos no site do Planeta Atlântida e nas Lojas Renner da Avenida Otávio Rocha, 184, e do Shopping Iguatemi (Avenida João Wallig, 1.800) em Porto Alegre.