O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar a apuração das circunstâncias da queda da aeronave que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas. As informações são do jornal Extra.
O procedimento, que corre em sigilo, não tem caráter de investigação cível nem criminal e teria sido estabelecido em 6 de novembro, um dia após a queda da aeronave. O órgão também requisitou envio de relatório final sobre o acidente para analisar necessidade de adoção de novas medidas referentes à segurança de tráfego aéreo.
Informações iniciais indicam que o avião atingiu um cabo de energia antes de cair no interior de Minas Gerais, em 5 de novembro. Dias depois, um pedaço de cabo foi encontrado enrolado à hélice de um dos dois motores e recolhido para perícia. Os destroços da aeronave também serão submetidos a análises por técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Até o momento, não há previsão para o encerramento do caso. Já o laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre a causa da morte dos ocupantes do avião deve ser entregue na próxima semana. Conforme informações do jornal O Globo, o médico legista Pedro Coelho, que é responsável pelo caso, vai atestar "politraumatismo contuso" no documento.
O acidente
Marília Mendonça saiu de Goiânia, em Goiás, para se apresentar em Caratinga, no interior de Minas Gerais, quando o avião em que viajava com a equipe caiu, por volta das 15h de 5 de novembro.
Na aeronave, um bimotor que fazia táxi aéreo, além de Marília e seu tio e assessor, Abicieli Silveira Dias Filho, estavam o produtor Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave era da empresa PEC Táxi Aéreo, modelo C90A e fabricada em 1984. Sua situação de aeronavegabilidade (condições para voo) era "normal" e o certificado foi emitido ainda em agosto do ano passado.