Fábio Prikladnicki
Durante a montagem de Mulheres Feias, de 1953, espetáculo que a lançaria de fato no teatro, Fernanda Montenegro foi escalada para viver a filha da personagem principal, descrita como feia e apagada. A atriz, que acreditava não se enquadrar no padrão de beleza das mulheres da época, como Tônia Carrero e Norma Bengell, insistiu timidamente que queria interpretar outra personagem, uma sedutora prima vinda de Londres. Foi o desejo de "experimentar uma não eu", como conta em seu recém-lançado livro de memórias, Prólogo, Ato, Epílogo (Companhia das Letras). Acabou ganhando o papel, arrematando sucesso de crítica e público, e concluiu que tinha futuro.
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