O presidente reeleito da Fundação Bienal, Gilberto Schwartsmann, anunciou na noite desta quinta-feira (21) novidades para a 12ª Bienal do Mercosul, prevista para 2020. No auditório do Margs (Praça da Alfândega, s/ n º ), Schwartsmann apresentou a temática Mulher e, sem confirmar um nome, também revelou que a curadoria da edição será realizada por uma mulher.
Assim como o presidente, outros membros seguem à frente da direção, com a adição de dois nomes importantes: Gloria Crystal, ativista do movimento Trans, e Maria Berenice Dias, advogada especializada em Direito das Famílias, Sucessões e Direito Homoafetivo. Outra novidade foi a transferência da sede da Bienal do Mercosul para o prédio do Clube do Comércio (Rua dos Andradas, 1.085).
Depois da edição deste ano, que contou com o tema Triângulo Atlântico, em que muitas atenções foram voltadas para a minoria negra, a próxima bienal foca no trabalho de artistas que se identificam com o gênero feminino. Durante sua fala, Schwartsmann apresentou dados de uma pesquisa da organização Oxfam Brasil em que números mostravam como ambos (negros e mulheres) sempre encontram-se em posição de desvantagem na sociedade.
Na mesma ocasião, foi lançado o catálogo da 11 ª Bienal do Mercosul, organizado pelo historiador da arte José Francisco Alves, com imagens das obras e detalhes dos artistas, consistindo em "um documento para o futuro, para a história das bienais do Mercosul", segundo o organizador.
Também foram divulgados números deste ano. Entre os dias 6 de abril e 3 de junho, a organização da mostra registrou 626.357 mil visitas de público do Brasil e do exterior – dos quais 20.611 eram alunos. Além disso, a bienal gerou mais de 900 empregos.