Depois que a Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira foi cancelada em Porto Alegre, o Rio de Janeiro se tornou a cidade que pode abrigar a mostra abreviada em setembro devido a pressão de grupos como o MBL. Apesar de o prefeito Marcelo Crivella ter vetado a possibilidade de a mostra ser levada ao Museu de Arte do Rio (MAR), outro espaço cultural está prestes a abrir as portas para a exposição: a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, localizada no Jardim Botânico.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a ida está combinada com a Secretaria de Cultura e a curadoria do espaço, administrado pelo diretor-presidente Fabio Szwarcwald. O empecilho, porém, são os recursos financeiros necessários para levar o material do Rio Grande do Sul até a cidade carioca. O valor está orçado em, no mínimo, R$ 400 mil.
De acordo com a coluna, Fabio Szwarcwald tentou encontrar parceiros que patrocinassem o empreendimento, mas agora levanta a possibilidade de o projeto ser custeado por meio de um financiamento coletivo. A expectativa é de receber o apoio da sociedade civil.
No final de setembro, o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF-RS) recomendou que o Santander Cultural — que inicialmente abrigou a mostra — reabrisse a exposição até 8 de outubro, data em que ficaria originalmente aberta para visitação. Por não ser obrigada a seguir a orientação dos procuradores, a instituição manteve o cancelamento da exposição.
Assim que o curador da Queermuseu em Porto Alegre, Gaudência Fidelis, anunciou que a mostra seria reaberta no Museu de Arte do Rio, o prefeito Marcelo Crivella postou um vídeo nas redes sociais afastando a possibilidade, dizendo que a exposição só seria exibida "no fundo do mar".