Helena, Dóris, Santana, Raquel: poucas novelas da história da teledramaturgia brasileira têm tantas personagens icônicas quanto Mulheres Apaixonadas, que estreou em 2003 e ganha a partir desta segunda-feira (29) uma reprise no Vale a Pena Ver de Novo. Pondo o foco sobre as mulheres, a história abordava o ponto de vista delas sobre temas que iam da violência doméstica ao alcoolismo, passando pelas relações familiares e amorosas.
No centro da trama, está a busca de Helena (vivida por Christiane Torloni) por felicidade. Diretora de uma escola de Ensino Médio na zona sul carioca, ela começa a novela levando uma vida regrada e um casamento estável com Téo (Tony Ramos). No fundo, porém, sente-se vazia. Ela então decide ir em busca de algo a mais quando reencontra seu ex-namorado da juventude, César (José Mayer).
Paralelamente, Mulheres Apaixonadas debateu assuntos polêmicos da época, alcançando grande repercussão e eternizando seus personagens.
A trama da patricinha Dóris (Regiane Alves), que agredia seus avós, por exemplo, ajudou a acelerar a criação do Estatuto do Idoso, aprovado no mesmo ano. A atriz recorda que o impacto no público era tanto que ela ficava apreensiva de sair na rua na época da novela.
— Eu lembro de uma cena da passeata em Copacabana da qual a Dóris participou. Tinha uma equipe grande, várias câmeras em cima dos hotéis para filmar. Só que na hora em que eu entrei, o público ficou tão enlouquecido que foi para cima. Eu tive que ir para outro lugar, foi uma loucura.
Entre os outros temas sensíveis abordados pela novela, está o alcoolismo de Santana (Vera Holtz), a violência doméstica sofrida por Raquel (Helena Ranaldi), a dependência emocional de Helô (Giulia Gam) pelo marido e a violência urbana, representada pela morte de Fernanda (Vanessa Gerbelli) com uma bala perdida.
Dia de música com Fernando Rauber
Promover a cultura de forma acessível e gratuita é um movimento tradicional da UFRGS. E o Solo Piano é um dos projetos de extensão que a universidade desenvolve com esse objetivo: abrir suas portas para que o público da cidade ocupe seus espaços e consuma arte. Em mais uma edição, na tarde desta segunda o evento traz uma nova atração. A partir das 12h30min, o músico Fernando Rauber realiza um recital gratuito no Centro Cultural da UFRGS (Rua Eng. Luiz Englert, 333). No repertório, em tom intimista, irão predominar obras de destaque do século 19. Dentre as canções, estarão produções de compositores como Claude Debussy (1862-1918), Franz Schubert (1797-1828) e Frédéric Chopin (1810-1849).
Barranca pelas lentes de Pedroso
Um dos mais antigos e tradicionais eventos dedicados à música gaúcha, o Festival da Barranca completa meio século de atividades em 2023. Um marco que é celebrado na mostra Barranca 50 Anos de História, em cartaz no Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues (Av. Erico Verissimo, 30). Assinada por Emílio Pedroso, a exposição reúne registros que narram a trajetória do festival, apresentando recortes de sua história. O artista atua na fotografia desde 1974, incluindo longa passagem por Zero Hora. Sua produção pode ser visitada gratuitamente de segunda a domingo, das 9h às 21h, até o dia 10 de junho.
Arte nordestina
Em sua intervenção artística, Charles Lessa visita momentos sensíveis de sua própria história, transformando em arte algumas lembranças da infância e adolescência. A obra do artista nordestino está em cartaz no Instituto Ling (Rua João Caetano, 440), e pode ser visitada até sábado (3), das 10h30min às 20h. Ela integra a programação da segunda edição do projeto Ling Apresenta, que neste ano conta com a curadoria de Bitú Cassundé. Entrada franca.