A Stellantis investirá R$ 14 bilhões no Polo Automotivo de Betim (MG) para produzir carros eletrificados e ampliar linha de motores. Os recursos serão aplicados de 2025 a 2030 para o lançamento de veículos, conjuntos propulsores e tecnologia híbrido flex. O aporte integra os investimentos da Stellantis para a América do Sul até o final da década de R$ 32 bilhões, dos quais R$ 13 bilhões já foram anunciados para o complexo de Goiana (PE).
O presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano, anunciou os novos investimentos durante encontro com o govenador de Minas Gerais, Romeu Zema, no Polo Automotivo de Betim.
A produção de motores em Betim será ampliada com linha de propulsores para os futuros lançamentos da Stellantis na região que serão equipados com a tecnologia Bio-Hybrid. Os primeiros veículos chegarão ao mercado no segundo semestre deste ano.
O novo ciclo de investimentos da Stellantis na América do Sul prevê o lançamento de 40 produtos, oito propulsores, desenvolvimento de tecnologias Bio-Hybrid e de descarbonização na cadeia de suprimentos automotivos e novos negócios.
Com a nova linha de motores, a capacidade de produção em Betim passará de 750 mil para 1,1 milhão por ano. Foram investidos R$ 454 milhões na linha que produzirá motores híbrido flex que equiparão veículos híbridos.
As novas tecnologias Bio-Hybrid foram desenvolvidas pelo Tech Center Stellantis na América do Sul, em associação com fornecedores, pesquisadores e outros parceiros que constituem o ecossistema de inovação impulsionado pela empresa.
Com aplicação flexível, as tecnologias poderão equipar diferentes veículos produzidos pela Stellantis em todos os Polos Automotivos da região.
A eletrificação da Stellantis no Brasil foi anunciada em agosto do ano passado, sem especificar as marcas, modelos e tecnologia. Os veículos eletrificados utilizarão quatro novas arquiteturas, três terão Bio-Hybrid e uma elétrica.
As novas plataformas para aplicação no Brasil são baseadas em tecnologias diferentes de combinação térmica flex e de eletricidade na propulsão do veículo.
A arquitetura Bio-Hybrid conta com gerador que substitui o alternador e o motor de partida. A propulsão conjunta de dois motores elétricos com uma combustão destaca a plataforma Bio-Hybrid e-DCT.
A plataforma Bio-Hybrid Plug-in combina motores a combustão e dois elétricos no eixo traseiro, um dos quais permite a condução apenas no modo elétrico.
A arquitetura BEV é 100% elétrica. Um motor elétrico de alta tensão é alimentado por uma bateria recarregável de 400 volts com recarga através da regeneração de energia ou pela fonte externa plug-in.