Finalizada a vitória categórica do vôlei feminino do Brasil diante do Japão, muitos foram os abraços e beijos na saída da quadra. A festa das jogadoras brasileiras tinha uma integrante extra igualmente festejadíssima: Rayssa Leal.
A skatista medalha de bronze estava como convidada do time e literalmente se atirou no colo da capitã Gabi quando esta chegou à área de entrevistas. Não faltaram as selfies com as demais atletas numa troca clara de admiração e tietagem.
— Ela é nossa fã e nós somos muito fãs dela. Fizemos o convite, ela veio, foi pé-quentíssimo, e agora queremos a presença dela em todos os jogos. Até já passamos as mãos na medalha dela para dar sorte. Rayssa é nossa mascote — disse Gabi.
Numa das fotos, Gabi fez a posição de skatista, e Rayssa ficou com os braços juntos, como num movimento de recepção em manchete.
O choro na despedida da campeã
Melhor judoca em todos os tempos entre as mulheres brasileiras, Mayra Aguiar se despediu das Olimpíadas num choro, misto de frustração de quem sempre detestou perder e emoção de encerramento de carreira gloriosa.
Tudo aconteceu com a mesma dignidade que ela mostrou nas três vezes em que subiu ao pódio. Perder na primeira luta é absolutamente irrelevante diante da obra completa desta gaúcha.
O fim da trajetória de atleta agora deve depender apenas da avaliação de alguém que nasceu para competir. Será que se vale à pena sentir dores diárias, manter um ritmo forte de treinamentos e seguir abdicando de uma vida de cidadã normal?
Para quem não é do esporte de alto rendimento é muito fácil sugerir que nossa campeã passe a dar palestras sobre sua vida vencedora e a convivência com a dor, que se torne treinadora, professora, dirigente, que siga ensinando judô.
Só que esta simplicidade não existe. Mayra, faz o que achares melhor. A palavra para contigo será sempre "obrigado". Ahhhh, e feliz aniversário neste sábado (3).
A diva emocionou o ginásio
Era intervalo do jogo de handebol feminino entre Brasil e Holanda. Entre mensagens de animação do mestre de cerimônias e performances de dançarinos, houve um momento em que as luzes se apagaram, o som teve volume diminuído, as pessoas se calaram e os alto-falantes da arena começaram a tocar o clássico da música francesa: "Non, Je ne regrette rien" ("Não, não me arrependo de nada") cantada por Edith Piaf.
A canção com a interpretação de Piaf é um patrimônio cultural da França e teve a reverência merecida. O público começou a cantar junto, como os franceses fazem com a Marselhesa.
Toda a música foi cantada espontaneamente em coro num dos momentos mais emocionantes da Olimpíada.
O microfonão de Taiwan
Em eventos como as Olimpíadas, é comum as empresas de comunicação prepararem equipamentos com layouts específicos para a ocasião. Para expor suas marcas, os veículos de rádio e televisão geralmente preparam suportes de microfones, as populares canoplas, com logotipos e símbolos próprios.
A emissora de TV de Taiwan, porém, exagerou. Fez uma canopla gigante, onde aparecem as marcas de todos os canais da companhia. Certamente é a maior dos Jogos e não tem como não ser notada pelo exagero.
- Medalha de ouro: Rebeca Andrade — Com a medalha de prata no individual geral da ginástica, chegou ao seu quarto pódio olímpico, recorde entre mulheres brasileiras. A possibilidade de aumentar este número nos aparelhos e atingir a marca absoluta entre homens e mulheres (5) é muito grande.
- Medalha de lata: Surfe no Taiti — Está certo que as ondas em Teahupo'o podem estar entre as melhores do mundo, mas fazer uma prova olímpica a 15 mil quilômetros da sede dos Jogos é fugir completamente do espírito do evento. Olimpíada é em uma cidade, quando muito numa região. Não é possível que a costa atlântica da França ou a do Mediterrâneo não ofereçam um local para surfar competitivamente. Não se trata de criar uma novidade. É invenção. E ruim.