A capitã Gabi falou que as japonesas estavam "engasgadas" para as brasileiras após a eliminação na Liga das Nações em junho. Nesta quinta, a vontade do Brasil ficou evidente na vitória por 3 sets a 0 (25/20, 25/17 e 25/17) pela segunda rodada da fase de grupos do vôlei feminino das Olimpíadas.
Com seis pontos na tabela, a equipe de José Roberto Guimarães garantiu vaga nas quartas da competição. No próximo domingo, às 16h, enfrenta a Polônia para definir em que posição irá se classificar. Ambas equipes têm a mesma pontuação. As polonesas venceram as brasileiras na decisão do terceiro lugar na Liga das Nações.
A importância da vitória por um placar dilatado era mais do que apenas na competição. Afinal, os últimos quatro confrontos entre as duas equipes foram para o tiebreak. Os 3 a 0 mostram que o Brasil é um dos postulantes ao ouro olímpico.
— Foi muita raiva que a gente passou naquela semifinal. Fomos consistentes e tivemos paciência. A gente sabia que ia ser complicado matar elas no bloqueio em toda jogada. Agora, é cabeça no lugar. Não ganhamos nada ainda. Queremos ganhar da Polônia, passar em primeiro e pegar o melhor cruzamento nas quartas de final — disse Gabi após a vitória.
Primeiro set
Como era previsto por todos os prognósticos anteriores à partida, o confronto começou equilibrado, com as japonesas abrindo 2 a 0. A maior dificuldade brasileira era colocar a bola no chão na quadra do Japão. Conforme a ansiedade foi passando, o Brasil teve mais calma para virar as bolas.
A equipe de José Roberto Guimarães passou na frente pela primeira vez já na parte final da primeira parcial. Com 19 a 16, o técnico japonês pediu seu segundo tempo. No entanto, nada mudou. O Brasil fechou o set em 25 a 20, em um ponto de bloqueio.
Segundo set
Ao contrário da primeira parcial, o Brasil aproveitou a insegurança japonesa para abrir vantagem logo no começo do set. Com 13 a 7, depois de três pontos seguidos do time brasileiro, o técnico do Japão fez o pedido de tempo. Mesmo com a vitória encaminhada, um erro de Ana Cristina fez com que Zé Roberto parasse o jogo para orientar as jogadoras.
Nada disso, no entanto, mudou a história do set. Em um saque de Roberta que a defesa japonesa se atrapalhou, o Brasil fechou a parcial em 25 a 17, sem sustos.
Terceiro set
Depois de terem dificuldades nos ataques nos dois sets anteriores, as japonesas entraram melhor na terceira parcial, conseguindo virar mais bolas na quadra brasileira. Até o 10 a 10, o jogo era equilibrado.
No entanto, o Brasil recolocou a cabeça no lugar, deixou a ansiedade de lado e voltou a abrir vantagem. Com 15 a 10, o técnico japonês pediu tempo.
No segundo match ponto brasileiro, Nyeme errou uma recepção e José Roberto Guimarães parou o jogo. Na bola seguinte, o Brasil fechou em 25 a 17 em um ponto de ataque de Tainara.