O jogo contra o Ceará mostrou uma opção ineficiente usada pelo Grêmio no meio-campo. A utilização de Lucas Silva ao lado de Thiago Santos como volantes, liberando Matheus Henrique. deixou a equipe lenta e sem criatividade na saída de jogo. Naquela ocasião, já era aconselhável a utilização de Darlan, o que não aconteceu.
Na quarta-feira (2), contra o Brasiliense, Thiago e Lucas estavam novamente juntos e outra vez a dupla não funcionou, embora a vitória tranquila. As ausências de Matheus e Darlan por motivos diversos poderiam ser o argumento emergencial e definitivo para a repetição do equívoco, mas havia coisa diferente, e provavelmente melhor, a fazer.
A entrada de Jean Pyerre foi uma solução irreparável, com o meia buscando ritmo de jogo para voltar a ser titular absoluto. A atuação foi boa, com os tradicionais momentos de atividade, como nos gols gremistas, e outros de apatia. O saldo, porém foi animador.
Havia, entretanto, outro jogador a ser colocado no meio-campo e ele era Victor Bobsin. Mais do que uma oportunidade para testar o jovem feito na base tricolor, a colocação de Bobsin seria a garantia de um tipo de futebol mais afeito à ligação e que necessita de oportunidades.
A final da Recopa Gaúcha neste domingo (6), com a opção de um time misto, é uma nova chance de conferir o futebol de Victor Bobsin. Enquanto Matheus Henrique Darlan estiverem de fora, impõe-se a utilização deste volante que tem um passado recheado de convocações para seleções de base, mas que teve problemas seguidos com lesões.
O que não pode é seguir, quando da escalação do time titular, com jogadores em superposição e que travam a equipe. Lucas Silva é alternativa a Thiago Santos. Para jogarem juntos, só com uma modificação de esquema, possivelmente de urgência, quem sabe numa retranca estratégica.