O encerramento da temporada 2020, mesmo fora da época habitual, não difere muito de anos anteriores. Os finais do Brasileirão e da Copa do Brasil, praticamente emendados na Libertadores e nos certames estaduais reabre o festival de especulações sobre troca de times, seja para jogadores ou técnicos. Renato Portaluppi está em meio a notícias envolvendo o interesse o Atlético-MG e até uma possibilidade de ser sondado mais uma vez pelo Flamengo. O detalhe, ou não tão detalhe assim, é que ele segue comandando o Grêmio e tem uma decisão nacional pela frente.
A entrevista de Renato, após a derrota para o São Paulo, reforçou o pensamento de que pode haver um encerramento de ciclo no Grêmio. Desta vez, ao repetir que o clube não pode investir 200 milhões de reais para reforçar a equipe, o treinador veio ao encontro das especulações, especialmente a que o coloca como alvo do Atlético-MG, cujo investimento em 2020 foi exatamente a cifra citada pelo comandante gremista. Em Minas Gerais, porém, não é apenas o profissional tricolor que figura como cogitação do Galo pois cuca também é citado para o lugar que ainda tem o argentino Jorge Sampaoli, considerado por todos carta fora do baralho atleticano.
Nada é oficializado em Belo Horizonte e os comentários, ainda que de jornalistas especializados em Atlético-MG e com fontes altamente envolvidas com o clube, se baseiam no fato de Renato Portaluppi, que jogou lá em 1994, ser muito admirado pela diretoria atleticana. Uma coisa é verdade: Rodrigo Caetano, novo diretor-executivo, já tentou contratar o técnico do Grêmio quando era dirigente do Flamengo em 2018. Já Cuca tem o respaldo histórico de ter dado u título da Libertadores aos mineiros em 2013.
O cruzamento dos nomes de Renato e Cuca não se limita às especulações no Atlético-MG. Caso haja a saída do atual treinador do Grêmio, pondo fim a um ciclo longo e vitorioso, há correntes gremistas favoráveis a que o técnico do Santos que já definiu que não seguirá no clube, seja o futuro comandante gremista. Entre as lembranças que recomendam o ainda profissional santista estão os enfrentamentos recentes pela Libertadores, o currículo, o poder de comando e a vinculação com o Tricolor como atleta nos anos 80 e 90, mesmo que a curta passagem na direção técnica não tenha tido sucesso em 2004.