Só faltarão os torcedores, ainda que as últimas divisões tenham reduzido muito o contingente de visitantes. O cenário do Gre-Nal do próximo dia 24 no Beira-Rio tem elementos fortíssimos e até inéditos que o valorizam como algo muito raro para um mês de janeiro. A história registra no passado o "clássico das faixas" no início de 1984, quando o Inter homenageou o Grêmio campeão do mundo e o Tricolor reverenciou o título colorado no Gauchão. Era porém, um jogo amistoso. Em 1989, o chamado "Gre-Nal do Século" foi importantíssimo, mas já em fevereiro.
No jogo a se realizar no Beira-Rio daqui a duas rodadas, quem sabe ainda esteja em jogo para um ou para os dois o sonho do título brasileiro, vale luta direta por vaga no G-4 ou garantia no G-6. Será o Grêmio finalista da Copa do Brasil defendendo sua invencibilidade que já chega a 11 clássicos contra um sedento Inter que desde 2018 não sabe o que é vencer o rival e já deu mostras do quanto isto lhe faz mal. Já temos só nestes fatores garantia de mobilização, mas há outro, histórico e que remonta a grandeza das instituições.
Pela primeira vez num Gre-Nal, o maior nome da história gremista, o artífice como jogador do título mundial e hoje treinador vitorioso, estará diante do condutor colorado também para a conquista mundial. "Abel Braga x Renato Portaluppi" é um duelo que no nosso clássico nunca aconteceu, nem quando o ídolo tricolor jogava e o técnico colorado já atuava na casamata. Como comandantes, eles estarão frente a frente, cada um sabendo exatamente o que significa este jogo para seus clubes e suas torcidas.
Por mais que haja grandes jogadores nos times, as atrações começarão nas casamatas. Será um jogo com protagonistas mundiais para Inter e Grêmio. Desde já temos que badalar este encontro.