O título da Libertadores de 2017 foi construído pelo Grêmio através de grandes protagonistas como Luan, Arthur, Geromel ou Kannemann, entre outros. Houve também coadjuvantes importantíssimos, seja pela participação em lances decisivos ou pela relação com o torcedor. O atacante Jael é um destes casos. Pé-quente na decisão contra o Lanús em Porto Alegre ao dar a assistência para Cícero marcar o gol da vitória, ele também se notabilizou em atuações de muita entrega e e gols marcantes como numa cobrança de falta exemplar num Gre-Nal.
Simpático, com humildade, resignação para superar uma grave lesão no joelho e disciplina tática, Jael fez valer a confiança dispensada por Renato Portaluppi que durante muito tempo pediu sua contratação. Despertando dúvida e até descrença em relação à qualidade técnica, o avante deu a volta por cima até deixar o Grêmio para jogar no Japão em 2019. Agora ele rescindiu seu contrato com os japoneses e demonstrou interesse em voltar a ser jogador gremista, algo que não foi comentado pela diretoria em função do momento decisivo das competições em que o clube está envolvido.
Embora todo o apreço dos torcedores ou mesmo de Renato, uma volta de Jael pouco somaria ao atual grupo tricolor. Para a posição, ainda que com 35 anos, Diego Souza é absoluto e seu suplente, Diego Churín, vem se mostrando suficiente e carismático. Trazer outro jogador com idade acima dos 30 anos para o setor pode se tornar algo caro e que venha a barrar possíveis tentativas com jovens das categorias de base. Tecnicamente não há vantagem no retorno do centroavante que foi importante na conquista da América de 2017.