Dentro de praticamente um mês, no dia 25 de novembro, os conselheiros do Inter estarão votando em primeiro turno para eleger o sucessor de Marcelo Medeiros na presidência colorada. Certamente os quatro candidatos que se lançaram, antes disso, apresentarão seus planos de gestão, com recursos tecnológicos ou discursos confiantes em mudanças para fortalecer a instituição e voltar a ganhar títulos.
Tudo isto é muito importante, mas o fundamental é que eles digam claramente quem serão seus respectivos vice-presidentes de futebol.
Depois do presidente, o vice de futebol é o principal dirigente do clube. A história colorada até registra casos em que o vice era, de fato, o grande comandante. É quase um estelionato eleitoral quando a votação se dá sem que as chapas identifiquem antecipadamente quem será o ocupante principal do departamento mais importante da hierarquia clubística.
Com eleição em dois turnos, com o associado decidindo, há, por vezes, uma intimidação em divulgar um nome menos popular. Também é possível fazer alianças por vezes fadadas ao insucesso com correntes políticas derrotadas e o departamento de futebol virando moeda de troca numa composição.
Caberá aos senhores Alessandro Barcellos, Cristiano Pilla, Guinther Spode e José Aquino Flores de Camargo, como nomes confirmados como candidatos à presidência colorada, terem a coragem de apresentar seus indicados à vice-presidência de futebol antes do primeiro turno. Não se trata de uma obrigação estatutária, mas é muito mais coerente.
O correto, aliás, seria nos clubes de futebol como um todo, existir esta obrigação. Muitas vezes o eleitor vota naquilo que é sua razão de torcer, o futebol. Não é possível mais, depois das eleições, se ficar garimpando vices para esta área, ainda que exista muito profissionalismo no setor. Mais do que planos, é preciso nomes e diretrizes claras. Quem se antecipar pelo menos será mais transparente com os eleitores, no Conselho ou no pátio, seja com presença física ou virtual.