Foi surpresa geral quando o vice-presidente de futebol do Inter anunciou, após o jogo contra o Palmeiras, na última quarta-feira (2), que o clube havia contratado o centroavante Leandro Fernández, do Independiente. Não havia especulação lançada, nenhuma alusão a este nome em procuras recentes de clubes gaúchos, e pouco se conhecia de sua trajetória no futebol. Estava aberta uma corrida de consulta a sites de futebol, jornais, revistas ou mesmo ligações para amigos que acompanham o futebol argentino. Não era o caso de saber quem era ou onde jogava, mas conhecer o que fazia e como desempenhava a função.
Passado primeiro impacto, o jogador se apresentou oficialmente na última sexta-feira, mas segue sendo quase que um desconhecido. Por isso, passou a gerar uma expectativa imensa do tipo: o que se pode esperar dele?
O momento colorado, de liderança no Brasileirão e aprovação ao trabalho de Eduardo Coudet, leva o torcedor ao otimismo. Ele faz uma alusão ao uruguaio Abel Hernández, mais famoso quando contratado e quem, nos primeiros 10 minutos em que entrou contra o Bahia, deixou boa impressão mesmo sem marcar gol.
De Leandro Fernández, se diz que não é centroavante, que joga pelos lados e que a finalização é seu ponto forte. Há quem alerte para seu individualismo. "Seria um novo Nico López?", já se indagam os colorados.
Ao mesmo tempo, vem a lembrança de que atuou no Vélez Sarsfield e por quatro anos no Independiente, grandes clubes do futebol argentino. Isto vale como boa credencial, avalizada por seu ex-companheiro de time Víctor Cuesta e pelo rival, do Racing, Eduardo Coudet.
Nada, porém, nem relatos ou imagens, dão a certeza sobre o que esperar de Fernández. Isso em nada diminui a ansiedade colorada em conhecê-lo. A diretoria alimenta esperança de tê-lo liberado pela CBF ainda antes de quinta-feira.
O clube, que acostumou a torcida a gostar de estrangeiros, nitidamente a deixou curiosa e ansiosa por alguém que não conhece, mas que, de certa forma, já admira.