Para um atacante, nada melhor do que estrear com vitória e, ainda por cima, fazendo gol. Apesar de o primeiro jogo de Abel Hernández com a camisa do Inter não ter sido exatamente assim, não quer dizer que a presença do uruguaio não tenha sido notada. Mandado a campo na reta final do empate com o Bahia, neste domingo (6), o centroavante atuou por apenas 11 minutos e conseguiu aparecer em dois momentos cruciais, que poderiam ter mudado completamente o placar do jogo.
De acordo com o site de estatísticas SofaScore, o estreante foi responsável por apenas três toques na bola e um passe certo. Este único passe, inclusive, aconteceu exatamente no minuto seguinte à sua entrada na vaga de Patrick. Posicionado como referência entre os zagueiros baianos, o centroavante recebeu a bola de Edenilson e, de calcanhar, escorou para Marcos Guilherme, que invadia a área completamente sozinho. O atacante, porém, adiantou demais a bola, que ficou tranquila nas mãos do goleiro Mateus Claus. Naquele momento, o Colorado vencia por 2 a 1.
— Ele entrou bem. Deu uma assistência muito boa para o Marcos (Guilherme), que poderia ter matado o jogo. Me dói muito porque era uma partida que não sofremos defensivamente. Os dois erros nos custaram dois pontos — analisou o técnico Eduardo Coudet após a partida.
O lamento do treinador colorado faz sentido já que, logo após o gol desperdiçado, o Bahia teria um pênalti assinalado a seu favor e deixaria tudo igual no marcador: 2 a 2. Contudo, o cenário final poderia ter sido ainda pior não fosse o centroavante uruguaio. Aos 54 minutos, após escanteio cobrado para a área colorada, o zagueiro Ernando, ex-Inter, cabeceou firme, batendo Marcelo Lomba. Em cima da linha, o camisa 99 apareceu para evitar que a virada baiana aumentasse o sentimento de frustração no Beira-Rio.
— Colocamos o Abel e o Moledo para finalizar o jogo, porque a única maneira que eu achava que eles poderiam chegar ao empate era pela bola parada. Não senti que íamos sofrer o gol, mas cometemos erros e pagamos — declarou Coudet.