Com razões de sobra, tendo ainda dois jogos pelo Brasileirão antes de enfrentar o América de Cali, o técnico Eduardo Coudet evita falar no retorno do Inter à Libertadores. É certo, porém, que a partida do próximo dia 16 já passa pela cabeça do treinador.
Este confronto se tornou preocupação quando, no Gre-Nal do dia 12 de março passado, houve quatro expulsões e dois jogadores do time colorado receberam o terceiro cartão amarelo. O meio ano que separa os dois confrontos só fez aumentar os problemas.
Se já haveria desfalques importantes, a perda de Guerrero foi mais um duro golpe. Para completar, recentemente a covid-19 tirou de ação os volantes Rodrigo Lindoso e Musto. Aí; entretanto, reside uma esperança que deve nortear os bons pensamentos colorados. Pelos cálculos médicos e também tendo o exemplo recente de Peglow, que se recuperou e jogou em curto prazo, Lindoso pode estar livre do coronavírus para retomar seu lugar na equipe.
A volta do volante será algo importantíssimo. Em meio a um time tão desfalcado e com o setor central sem uma peça como Edenílson, o risco é grande de deixar a primeira posição com os garotos, seja Zé Gabriel, saindo da zaga, ou Johnny, de grande atuação contra o Palmeiras, mas que está com problema muscular.
Com Lindoso, provavelmente junto a Nonato, se estabelece um equilíbrio, o que defensivamente será importante à frente de uma dupla que, sem Cuesta, será inexperiente. Ofensivamente também há vantagens, numa formação em que serão imprescindíveis Patrick e D'Alessandro. Dali para a frente Thiago Galhardo é uma tranquilidade e a última escolha passa a ter como opções Boschilia e Abel Hernández.
É provável que nos jogos contra Ceará e Goiás, pelo Brasileirão, se possa ver alguma coisa daquilo que será o Inter no retorno à Libertadores. Nas duas competições o clube defende liderança. Rodrigo Lindoso, o mais importante reforço que o time de Coudet pode receber para a partida contra o América de Cali certamente não estará em campo antes.