Basicamente é um capítulo por dia num verdadeiro folhetim que se transformou a situação do atacante Ferreira. O tema vem sendo mais tratado nos últimos dias em função da saída de Everton do Grêmio e da admitida busca por um jogador para o setor, ainda que Pepê seja o novo titular. Por vezes, o caso parece irreversível, sem uma solução para o litígio. O último fato neste sentido foi a terceira tentativa de medida liminar do jogador através de seus representantes para rescindir na Justiça o contrato que vai até junho de 2021. Nada, porém é definitivo.
Embora a relação entre o Grêmio e o procurador de Ferreira, Pablo Bueno, não seja boa, não seria necessário o afastamento do agente para um entendimento ou, pelo menos, para uma nova reunião. A primeira condição para que haja a reaproximação é que o atleta retire o processo judicial. Num primeiro momento, admite-se até que haja uma nova pedida salarial do atleta, para o qual o clube ofereceu R$ 35 mil por mês nos dois primeiros anos de contrato e ouviu uma contra-proposta de R$ 100 mil.
A outra condição é um tanto subjetiva e trata da postura e da vontade de Ferreira ser atleta gremista mesmo com o que aconteceu e segue acontecendo. Este ponto é muito valorizado pelo técnico Renato Portaluppi que está alheio ao caso, mas que já elogiou muito e deu chances para o atacante desde o final de 2019.
Uma figura tricolor pode ser decisiva para a resolução do caso com a permanência do jogador no clube e a renovação antecipada do contrato. Considerado um homem ponderado e habilidoso em negociações, o vice-presidente de futebol, Paulo Luz, está bem mais envolvido na situação do que disse na entrevista coletiva do último domingo (9) após a vitória sobre o Fluminense. Luz afirmou que o assunto era da alçada do departamento jurídico. Isto é apenas parte do processo e na Arena há uma grande confiança de que através das conversas do dirigente com o procurador ou com o próprio Ferreira, possa surgir um entendimento nas próximas semanas.