Três dias após Grêmio e Benfica-POR terem chegado a um acordo para a venda de Everton, o negócio ainda não foi oficializado pelas partes. Conforme apurado pela reportagem de GaúchaZH, a demora está relacionada a trâmites burocráticos por conta da mudança na forma de pagamento. O Tricolor negociou para ter 15% a mais do que os 50% inicialmente detinha sobre os direitos econômicos do camisa 11. Contudo, o negócio segue confirmado e deve ser anunciado dentro de dois a três dias. .
Inicialmente, a intenção do Benfica era pagar 20 milhões de euros (R$ 127,8 milhões) parcelados ao longo de cinco anos. Porém, após várias rodadas de negociações, o Grêmio exigiu que o pagamento ocorresse em parcela única. Essas condições foram aceitas na tarde da última sexta (7), embora publicamente a direção gremista ainda demonstrasse cautela.
— Ainda não foram dadas as garantias. Isso é imprescindível — disse à reportagem de GaúchaZH na ocasião o presidente Romildo Bolzan Júnior.
Como não tinham a intenção inicial de pagar à vista, os portugueses tiveram que recorrer de última hora a um fundo de investidores de Portugal, que emprestará o valor necessário para que o pagamento total seja realizado no ato. Para isso, o clube precisa entregar garantias bancárias, algo que pode levar alguns dias por conta dos procedimentos burocráticos de rotina.
Nos bastidores da Arena, a demora é encarada com naturalidade, sem qualquer evidência de uma reversão do negócio, especialmente por conta do prestígio que o Benfica tem no mercado europeu e nas instituições financeiras portuguesas. Afinal, o clube de Lisboa tem dinheiro em caixa e não teria dificuldades para obter o crédito, necessitando apenas cumprir as formalidades bancárias.
Os dirigentes gremistas acreditam que a transação deva ser oficializada entre quarta (12) e quinta (13), com Everton viajando imediatamente para Portugal. Após um acordo com os investidores que detêm um percentual dos direitos econômicos do atacante, o Tricolor terá direito a aproximadamente 65% do valor total do negócio, cerca de 13 milhões de euros (R$ 83 milhões).
Os 7 milhões restantes serão divididos entre o Fortaleza e os empresários Gilmar Veloz e Celso Rigo.