O presidente da Federação Gaúcha de Futebol confirmou que pode ser colocada em pauta na reunião dos clubes desta sexta-feira (10) a possibilidade de troca da rodada de retorno da competição. Luciano Hocsman criou um mistério, não confirmando a razão ou a origem desta hipótese. Assim, não haveria os clássicos previstos até agora para o dia 23 de julho. Ficam questões sem resposta como: a quem interessaria tal mudança? Quem é o pai desta ideia? Mas ela existe.
Se deixar a rodada para o fim da fase classificatória, provavelmente a dupla-Gre-Nal já estará classificada e em primeiro lugar nos respectivos grupos, vistos a situação atual de tabela e o fato de ambos estarem muito melhor preparados do que os demais times. Assim, nada mais normal do que fazer o que muitas vezes foi feito no Gauchão: um clássico de reservas, sem o risco de um resultado negativo para qualquer um dos dois, algo que sempre instabiliza o ambiente de rivalidade. Simples especulação, mas com suas lógicas.
Há também a possibilidade de uma inversão com a rodada subsequente, o que tem menos lógica ainda. Qual a diferença entre atuar na quinta-feira (23) ou no domingo (26)? Não há a possibilidade de público no estádio o que deixa um jogo noturno com o mesmo potencial de audiência do final de semana nos meios de comunicação. Seguimos sem explicação.
Os clássicos na retomada passaram a ser uma necessidade técnica no Gauchão. Os clubes de mesma cidade estão em condições iguais de tempo de treinamento, sem falar que, se preserva a questão logística e sanitária das viagens logo na largada da competição. Trocando, por exemplo, os compromissos de Grêmio e Inter, haverá um abismo entre a preparação diante de Ypiranga e Esportivo, os respectivos adversários.
O Gauchão 2020, com todas as dificuldades enfrentadas, está norteado pelo bom senso em toda a sua sequência de fatos e decisões. Depois de tanta curva enfrentada com mau tempo, não é hora de rodar na reta com tempo limpo.