No fim de semana eram 10 regiões com bandeira vermelha, independentemente da quantidade de pessoas sobre elas. Após as revisões, a terça-feira gaúcha amanhece com seis: Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas, Capão da Canoa, Pelotas e Palmeira das Missões. Se a ideia do Palácio Piratini é mesmo liberar treinos com contato físico na bandeira laranja, o caminho está aberto. Antes avermelhada, Caxias do Sul alaranjou. Por que não autorizar Juventude e Caxias para treinar às ganhas?
Com as mudanças, já passo a acreditar que o mesmo Governo do Estado que proibia Grêmio e Inter de treinar de verdade lá atrás, na bandeira laranja, quando os números da pandemia eram menos graves, libere agora, em um cenário mais severo.
É o único jeito de não inviabilizar Grêmio e Inter no Brasileirão: dando continuidade a um Gauchão com farta testagem e rigor sanitário. Romildo Bolzan e Marcelo Medeiros nunca admitirão, mas a ameaça de treinar em SC virou eficiente pressão.
Pensando cá com meus butiás, o governador Eduardo Leite não está sendo incoerente. Não é propriamente esse o termo. Lembro de uma frase, ao ouvi-lo responder a uma pergunta sobre futebol: "Esse é uma área em que teremos de usar toda a pista". Ele falou em tom mais lento, como se para atrasar o tempo. É isso. Leite tenta protelar até onde for possível a decolagem do Gauchão, dentro do seu embasado e técnico plano de distanciamento.