Há mais de um mês, numa das reuniões entre autoridades do governo estadual e do futebol, foi sugerido o início de agosto como estimativa para o retorno do Gauchão. Semanas depois, diante de uma realidade aparentemente viável, veio a data de 19 de julho como marco para a retomada.
Animaram-se alguns clubes, mas nem tanto os governantes que sabiam, por terem previsões científicas, que haveria o agravamento da situação da pandemia no Rio Grande do Sul. Discutidas nos últimos dias as atividades possíveis de acordo com as bandeiras vermelhas e laranjas, não há mais certeza nas projeções, mas crescem os problemas para as agremiações se sustentarem. É hora de voltarmos aos planos iniciais. Dá para acreditar em agosto, mais especialmente no Dia dos Pais como referencial para o fim deste jejum que já passou dos 100 dias.
Como ser otimista e calcular tal retorno dentro de 46 dias? Basta ver o que está sendo feito, aquilo que já foi decidido e projetado, e contar com um possível atingimento do pico da pandemia no estado na metade de julho. Mesmo isto sendo aleatório, tem aproximadamente um mês para providências rígidas que estão sendo implantadas fazerem efeito.
Tais cálculos poderiam colocar o dia 20 de julho como data-base para todos os clubes estarem treinando com autorização de atividades em conjunto. A partir de então, haverá um prazo de 19 dias até o sábado, dia 8 de agosto, véspera do Dia dos Pais. Este tempo é mais do que suficiente para a recuperação dos elencos, visto que é semelhante ao que experimenta a dupla Gre-Nal no início das temporadas regulares, como aconteceu no início deste ano.
Obviamente o prosseguimento da parada aumenta dificuldades que já são enormes para as agremiações. Há, porém, uma possibilidade bem maior de volta sem riscos e com um critério técnico sendo o mais preservado possível. Recomeçando, ainda que com portões fechados, no segundo fim de semana de agosto, o Gauchão terá jogos, no máximo, até o dia 30 daquele mês. Vale torcer.