O presidente Romildo Bolzan estipulou setembro como prazo máximo para o Grêmio conseguir manter suas finanças em dia sem a volta dos jogos. A previsão do mandatário tricolor foi dada durante participação no programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (23), quando são completados cem dias de paralisação no futebol gaúcho.
Romildo salientou ainda que a situação financeira seria pior se a direção gremista não tivesse conseguido renegociar com alguns credores.
— O Conselho de Administração fez ontem (segunda-feira) uma avaliação ampla. Com esses R$ 10 milhões que vieram (da linha de crédito da CBF), o Grêmio tem condições de levar até setembro. Grêmio leva bem até setembro por conta das medidas que foram adotadas — avaliou.
— Nós não estamos deixando de pagar. Estamos reorganizando as contas para daqui a até dois anos. Nenhum credor do Grêmio vai deixar de receber. Estamos tendo sucesso nas negociações porque o Grêmio tem crédito para isso — seguiu.
Em razão da dificuldade financeira, Romildo deixou aberta a possibilidade de o Grêmio vender mais de um jogador na janela de transferências do meio do ano. Ele ressaltou que neste momento a saúde financeira do clube é prioridade.
— Precisamos trabalhar com a ideia de que não há problema em vender mais de um jogador. Estamos vivendo um momento extraordinário. Se houver uma situação boa para nós e para os jogadores, não terei problema em fazer (mais de uma venda). Temos de manter o clube forte — disse o dirigente, que prosseguiu.
— Nós queremos ser campeões no campo, mas, estrategicamente, frente a um ano completamente excepcional, queremos estar fortes para 2021 porque o clube continua, a nossa paixão continua. A responsabilidade nesse momento é manter o Grêmio competitivo, mas, principalmente, vivo — finalizou.
Ainda não há uma definição sobre a volta do Campeonato Gaúcho. Na última semana, a Federação Gaúcha de Futebol entregou um protocolo de saúde para o Governo do Estado e ainda aguarda uma resposta sobre a possibilidade do Gauchão ser retomado em meio à pandemia.