
Ninguém esquece a entrada violenta do colombiano Zúñiga em Neymar na Copa do Mundo de 2014. Junto com a fratura numa vértebra do atacante brasileiro, quebrava-se a expectativa do hexa. A forte dor sentida pelo jogador era compartilhada pelo torcedor.
Começava ali o 7 a 1 diante da Alemanha, o que justificava um verdadeiro sentimento de pânico estabelecido entre os brasileiros com a saída de sua maior estrela do time. Foi comoção geral.
Passados quase cinco anos, uma nova lesão grave vitima o craque do Brasil, o "insubstituível", segundo Tite. Neymar está fora da Copa América, mas o sentimento popular mudou. Claro que há solidariedade, muito lamento e até uma descrença em que o título possa chegar sem o grande protagonista. Existe no entanto, algo diferente, como um alívio.
Neymar, nos últimos tempos, tem sua imagem ligada à coisas negativas, dentro e, especialmente, fora do campo. Suas lesões o atrapalharam na última temporada, mas algumas atitudes pessoais o deixaram com índice inédito de impopularidade.
Um grupo significativo de torcedores passou a vê-lo mais como problema do que como solução. Não adianta ser extraclasse com a bola nos pés: tem que jogar um bolão na vida. As coisas se misturam na cabeça do torcedor, e este vê a Seleção sem Neymar como algo mais digno de receber apoio.
