Como aquecimento para a estreia nos cinemas de Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023), no dia 29 de junho, o Disney+ acaba de adicionar a seu catálogo os quatro filmes anteriores do arqueólogo aventureiro interpretado por Harrison Ford.
Caçadores da Arca Perdida (1981), o clássico que inaugurou a franquia criada por Steven Spielberg, se passa em 1936, quando o protgonista é contratado para encontrar a Arca da Aliança, que, segundo as escrituras bíblicas, conteria Os 10 Mandamentos que Deus revelou a Moisés. O problema é que o líder nazista Adolf Hitler também quer esse tesouro.
No mundo em que vive Indiana Jones, os bons são bons, e os maus são maus. A nostalgia impera, e os perigos de carne e osso convivem com ameaças sobrenaturais. No segundo filme, Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), o herói busca pedras preciosas roubadas por um feiticeiro com poderes mágicos, que sacrifica pessoas e escraviza crianças. Em A Última Cruzada (1989), Indiana Jones novamente enfrenta o exército de Hitler. Ele precisa resgatar seu pai (vivido por Sean Connery), arqueólogo como ele, e tentar encontrar o lendário Santo Graal, o cálice sagrado, que teria sido usado por Jesus Cristo na Última Ceia.
A narrativa avança no tempo em O Reino da Caveira de Cristal (2008). Estamos na Guerra Fria, em 1957. Com ajuda do jovem Mutt (Shia LaBeouf), personagem filho de Marion, a heroína casca grossa de Caçadores da Arca Pedida interpretada por Karen Allen, Indiana Jones procura uma caveira de cristal com poderes místicos. O objeto é alvo também de espiões russos comandados por Irina Spalko (Cate Blanchett).
A mitologia em torno da série é saborosa. Spielberg aceitou dirigir o projeto idealizado por George Lucas porque também era um admirador dos filmes e seriados de aventuras B dos anos 1930 e 1940. Lucas não tinha como assumir a direção de Caçadores da Arca Perdida em meio ao sucesso da sua então trilogia espacial Guerra nas Estrelas (Star Wars), e Spielberg encarou a tarefa desafiado a dar a volta por cima depois do fracasso da comédia de guerra 1941.
Apesar de grandes amigos, o diretor e o produtor tinham divergências. Quando não pôde contar com Tom Selleck para o papel do protagonista — o bigodudo ator preferiu continuar no seriado de TV Magnum —, Spielberg pensou em Harrison Ford. Mas Lucas achou péssima ideia escalar o intérprete de Han Solo, um dos personagens mais populares de Star Wars. Spielberg venceu a queda de braço e deu no que deu. A saga Indiana Jones já arrecadou US$ 1,98 bilhão nas bilheterias mundiais e um quinto filme está chegando, desta vez sem Steven Spielberg na direção (ele assina como produtor e passou o cargo para James Mangold, de Logan), mas com Harrison Ford no elenco, que inclui a inglesa Phoebe Waller-Bridge (da série Fleabag), o espanhol Antonio Banderas (ator fetiche do cineasta Pedro Almodóvar), o dinamarquês Mads Mikkelsen (Druk: Mais uma Rodada), o alemão Thomas Kretschmann (O Pianista) e o estadunidense Boyd Holbrook (Sandman).