O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Fardado para assumir a presidência da Trensurb desde o início de fevereiro, o ex-prefeito de Pelotas e ex-deputado Fernando Marroni (PT) ainda não sabe quando sairá a sua nomeação para a estatal. Conforme Marroni, a indicação está travada pelas negociação partidárias em Brasília em torno da formação da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso, movimento que reflete no preenchimento de cargos da administração federal nos Estados.
Marroni cita a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, de que o "governo ainda não tem uma base consistente nem na Câmara, nem no Senado". A articulação com deputados, senadores e partidos é liderada pelo ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.
— A expectativa é de que isso já tivesse acontecido (a nomeação). É uma composição nacional e todas as peças se movem nesse tabuleiro. O que o ministro Alexandre Padilha me falou é que essas definições são com o parlamento — disse Marroni à coluna.
Enquanto espera pela definição, o ex-deputado foi nomeado para a coordenação-geral da bancada do PT na Assembleia, no último dia 17. Marroni deve permanecer no cargo até a definição da nova diretoria da Trensurb. Questionado se a nomeação para a estatal está confirmada, o ex-deputado desconversa.
— Não sei o que vai acontecer. Só vai estar confirmado quando sair a nomeação mesmo.
Por enquanto, segue na presidência da Trensurb o engenheiro Pedro Bisch Neto, que tomou posse em 2020. Ele já tinha exercido o cargo entre 1999 e 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Ligado historicamente ao MDB, Bisch Neto já comandou a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).