O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Diplomações de prefeitos, vices e vereadores eleitos costumam ser atos meramente protocolares na Justiça Eleitoral. Mas a solenidade que ocorreu nesta quinta-feira (19), em Guaíba, ficou marcada por um momento inusitado: após uma falha no sistema de som, já no final do evento, o prefeito reeleito Marcelo Maranata assumiu o microfone e cantou o hino Rio-grandense à capela.
Acostumado a cantar em coral e encantado por música, Maranata diz que é apaixonado pelo hino gaúcho — assim como músicas tradicionalistas —, o qual costuma cantarolar eventualmente. Ele ainda fez um paralelo entre o ato e o que planeja seguir executando no seu governo: "estar sempre pronto".
— Vi a angústia da chefe do cartório tentando fazer o som funcionar, a outra menina tentando conectar o telefone no bluetooth, e ficou aquele clima. Assumi a liderança do momento e chamei a responsabilidade para mim. Pedi licença para o juiz, peguei o microfone, e cantei o hino para encerrar a diplomação. Quero seguir fazendo essas façanhas como gestor e estar sempre pronto. Estar menos sentado no gabinete e mais andando de ônibus, no posto de saúde, visitando as pessoas. Se tem um problema, uma dificuldade, alguém tem que assumir, como nesse caso.
Maranata também revelou à coluna seu carinho pelas músicas dos artistas gauchescos, mas disse ter apreço também por música popular e gospel.
— É um habito meu (cantar). Música sempre me deixa alegre, tira as coisas ruins e me bota num espírito de comunhão, estou sempre com uma música na cabeça. Decoro as letras muito fácil. Gosto de ver a inspiração do artista, o que inspirou ele a fazer uma música que toca na gente de forma inexplicável — relata.
Transição
Reeleito com 78% dos votos válidos, Maranata diz que vai começar o segundo mandato em 2025 com a mesma estrutura na prefeitura. A reforma administrativa será enviada à Câmara Municipal no início do ano que vem, e a partir dela é que o prefeito irá pensar em eventuais mudanças no primeiro escalão.
— Por enquanto vamos permanecer com as mesmas pessoas. A transição será feita pasta por pasta, sem causar prejuízo a ninguém. Não tenho reclamação de nenhuma pasta. O grande desafio é fazer uma segunda gestão melhor que a primeira, se a primeira tem mais de 80% de aprovação. Vamos tratar disso sem gerar nenhum trauma para a gestão.