O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Com a alteração na proposta de reajuste ao magistério, que garantiu ganho salarial a todos os professores ativos e aposentados, o governo Leite abriu caminho para a aprovação do projeto na Assembleia Legislativa. Bancadas aliadas ao Piratini que rejeitaram a primeira versão, como PP e MDB, mudaram o tom e agora admitem apoiar a iniciativa governista, que será colocada em votação na próxima quarta-feira (22).
O principal mote de resistência dos deputados ao projeto anterior era a falta de reposição para mais de 30 mil professores inativos. O governo conseguiu quebrar essa barreira ao garantir que todos terão uma correção de, pelo menos, 5,53%. Esse percentual não foi escolhido ao acaso: é o mesmo índice de reajuste aprovado pela Assembleia na semana passada para o salário mínimo regional.
Líder do MDB, maior bancada da base aliada, o deputado Vilmar Zanchin disse que os deputados devem se reunir na terça-feira (21) para definir a posição, mas adiantou que a propensão é de apoio à proposta nos termos atuais:
— O governo dialogou com os deputados, dialogou com o Cpers e me parece que há um entendimento. Conversei com alguns membros da bancada e a tendência é de aprovarmos essa nova proposta.
Outra bancada que reclamou do texto anterior, o PP também deve se reunir nesta terça para ratificar posição favorável aos termos atuais. O líder dos progressistas, Frederico Antunes, que também é líder do governo, afirma que não percebe resistência entre os colegas.
— Há, por parte de alguns, a defesa de que seja um percentual maior, mas estamos cumprindo a lei do piso dentro das condições do Estado — sustenta.
O PSDB, partido do governador Eduardo Leite, também havia solicitado alterações no projeto anterior. Líder da bancada, o deputado Mateus Wesp confirma que a sigla votará a favor da proposta atual.
— Não podemos tratar isso como um "pacote" ruim, porque não é. Servidores do magistério, depois de sete anos, estão tendo vencimentos reajustados — ressaltou o tucano.
Ao viabilizar a aprovação do projeto, o Palácio Piratini se antecipa ao aumento do piso nacional do magistério, que deverá ser de 31,3% em 2022. Como parte do acréscimo no subsídio será retirado de parcela já recebida pelos professores, em que estão adicionais por tempo de serviço, o ganho real será menor — para os ativos, a correção será, em média, de 22%. Para custear esse aumento, Piratini terá de aplicar R$ 730,6 milhões a mais por ano na folha do magistério.
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.