O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Para vencer as resistências ao projeto de reajuste do salário de professores, o governador Eduardo Leite apresentou hoje uma proposta alternativa ao texto encaminhado à Assembleia na semana passada. Pelos novos termos, todos os professores, sejam ativos ou inativos, terão um ganho de, no mínimo, 5,53% sobre o subsídio.
A mudança foi detalhada por Leite e alguns secretários em reunião com deputados da base aliada. O índice de 5,53% não foi escolhido ao acaso: é o mesmo percentual de reajuste aprovado pela Assembleia para o salário mínimo regional, na terça-feira (14).
O novo desenho beneficia todos os professores que não teriam aumento salarial com o projeto original (160 ativos e mais de 30 mil aposentados) e também aqueles que teriam um reajuste menor do que o índice mínimo. De acordo com o governo, 45.295 servidores inativos e 1.359 ativos passam a ter reajuste em 5,53%.
Estão mantidos os demais cálculos da proposta anterior, que garantem aumento médio de mais de 22% para cerca de 60 mil profissionais ativos, mais do que a variação do INPC acumulado desde o início da gestão de Leite (19,5%).
O impacto financeiro da medida subiu de R$ 650 milhões para R$ 730,6 milhões anuais.
Com a nova proposta, o governo espera convencer os deputados a aprovarem o projeto na próxima semana, visto que a primeira versão não foi aceita pelos aliados ao Piratini. As bancadas do PP, MDB e PSDB emitiram nota solicitando alterações no projeto, principalmente no sentido de conceder algum reajuste para os aposentados.
Resultado de uma articulação conduzida pelo líder do governo e do PP na Assembleia, Frederico Antunes, e pelo chefe da Casa Civil, Arthur Lemos, junto aos parlamentares da base, o novo texto foi protocolado ainda nesta quinta-feira (16) no Legislativo.
A expectativa é de que seja votado em plenário na próxima quarta-feira, dia 22.
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