Está em fase final de elaboração no governo do Estado um plano que prevê um acréscimo de recursos para reformas de escolas estaduais. O objetivo do Piratini, como adiantado pela coluna na quarta-feira (25), é aumentar as verbas que as escolas podem gerenciar diretamente, para que possam fazer consertos sem precisar abrir um processo na Secretaria da Educação, que precisa ser repassado à Secretaria de Obras.
O esquema atual alimenta o ciclo conhecido no setor público como “ao, ao”. Traduzindo: “ao setor X, ao departamento Y, ao supervisor Z e assim por diante”.
A iniciativa conta com o apoio do Cpers-Sindicato, representante dos professores e funcionários da rede estadual, que critica constantemente o governo pela demora em consertar os problemas na infraestrutura das escolas.
— Se for essa visão, de dar condições para resolver os problemas e não cair no burocratismo, é uma boa ideia, porque vai ajudar as escolas na retomada das aulas presenciais — avalia a presidente do sindicato, Helenir Schurer.
De acordo com Helenir, o valor mensal disponível para as despesas básicas e pequenas obras nas instituições de ensino do Estado é o mesmo desde 2005. A professora afirma que, com mais liberdade para gerenciar os recursos, os diretores poderão resolver os problemas com mais agilidade, além de organizar mutirões na comunidade para efetuar os reparos necessários.
No início do mês, reportagem de GZH mostrou que algumas escolas enfrentam dificuldades para retomar as aulas presenciais no segundo semestre devido a problemas estruturais.