Decisão que os gestores terão de tomar nesta semana: por quanto tempo guardar a segunda dose da vacina contra a covid-19 para os que receberam a primeira e ainda não apareceram. Se as entregas fossem regulares, o problema não existiria, mas é preciso garantir a segunda dose quando a chega a hora.
O coordenador de Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, sugere que se reserva a segunda dose por no máximo 60 dias. Há casos de pessoas que testaram positivo e precisam esperar mais 28 dias. Nesta segunda-feira, Ritter terá um balanço preciso do número de pessoas que não retornaram para a segunda-feira e dos dias de atraso.
Além dos apelos para que os vacinados se apresentem, a Secretaria Estadual da Saúde está encaminhando aos municípios a lista de nomes de pessoas que já deveriam ter tomado a segunda dose e ainda não aparecem no sistema como imunizadas. Caberá aos gestores locais conferir se o problema é de atraso no registro, se a pessoa morreu, está doente, simplesmente não quis tomar a segunda dose ou foi vacinada em outro local que ainda não lançou os dados no sistema.
A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, reitera a orientação para que ninguém deixe de receber a segunda dose, porque com apenas uma a pessoa não fica protegida. Para quem recebeu a CoronaVac, a segunda dose deve ser feita entre 21 e 28 dias. Quem se vacinou com a Oxford/AstraZeneca, o prazo é maior: 12 semanas.
Como a quantidade de vacinas enviadas a cada município é uma estimativa com base na faixa etária do público-alvo de cada lote, em algumas cidades sobrarão vacinas após a imunização de toda a população acima de 60 anos. Neste caso, deve ocorrer o remanejamento, porque pode significar falta em outros municípios.
Somente depois de vacinados todos os de mais de 60 anos é que começará, todo o Estado a imunização do grupo das comorbidades e, dependendo de decisão do Supremo Tribunal Federal, dos professores. A expectativa do governo é de que nesta segunda-feira o ministro Ricardo Lewandowski se manifeste sobre o pedido do Rio Grande do Sul para dar prioridade à vacinação dos professores.