Por Marcos Pan, gestor de Estágios do Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul (Ciee-RS)
Em tempos nos quais pessoas e, também, organizações pensam nas resoluções de Ano-Novo, quero dar um conselho a empresários e gestores: coloquem na previsão da folha de pagamento de suas equipes em 2025 um 13º aos estagiários. Não, a legislação não exige. Mas o benefício pode fazer uma grande diferença na vida desses estudantes e trazer vantagens ao seu negócio.
Mais do que promover inclusão, é uma forma de reconhecer a dedicação ao longo do ano e valorizar suas contribuições às equipes. A prática estimula os futuros profissionais e gera um maior engajamento nas suas atividades.
Uma bolsa-auxílio em formato de 13º também tem uma função social, pois muitos estagiários ajudam com as despesas dos seus lares
Outra boa razão para uma remuneração extra no final do ano é garantir uma ajuda com despesas comuns nesta época para quem concilia estudo e trabalho. É um período de matrículas nas escolas e universidades, de compra de material didático, e de mais custos com transporte.
Uma bolsa-auxílio em formato de 13º também tem uma função social, pois muitos estagiários ajudam com as despesas dos seus lares. A Pesquisa de Perfil dos Estagiários do Estado, realizada pelo Ciee-RS, revelou que a renda familiar não passa de três salários mínimos na casa de oito em cada 10 desses jovens.
E o que o empregador ganha? Primeiro que, num mercado competitivo e com carência de profissionais qualificados, atrair e reter talentos é uma estratégia inteligente. Especialmente quando isso acontece desde cedo, com condições de prepará-los dentro da cultura da empresa. O investimento também pode evitar a alta rotatividade, o que gera custos e prejudica o andamento das atividades.
Além disso, oferecer benefícios que vão além das obrigações legais demonstra uma cultura organizacional voltada ao bem-estar, à inclusão e que se preocupa com as pessoas. Essa imagem fortalece a reputação da empresa e agrada aos clientes, cada vez mais preocupados em se relacionar com negócios que geram impactos positivos nas comunidades nas quais estão inseridos.