Em entrevista na manhã desta quarta-feira (16), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, prometeu que todas as obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal no Rio Grande do Sul terão câmeras para acompanhamento pela população durante 24 horas. Isso inclui, segundo o ministro, as iniciativas de duplicação da BR-290, no trecho entre Eldorado do Sul e Pantano Grande, a BR-116 Sul e a conclusão das alças da nova Ponte do Guaíba.
- De agora por diante, nós vamos atuar no monitoramento, de montagem do cronograma de cada uma dessas obras junto a cada ministério para garantir a sua execução. Vamos disponibilizar inclusive imagens dessas câmeras para não só a imprensa, mas a população que queira acompanhar. Fazemos isso na Bahia, nas obras, nós exigimos na licitação que tivesse uma câmera. Vai construir um hospital, tem a câmera 24 horas por dia. A câmera poderá ser acessada não só pelos gestores públicos, mas também pela imprensa para acompanhar o andamento dessas obras - disse, respondendo a uma pergunta feita pela coluna durante o programa Bom dia Ministro, realizado pela estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O uso de câmeras, prevista em edital, é uma forma que o governo vem apostando para dar maior transparência às iniciativas e evitar corrupção.
A coluna questionou se já existe uma data para o início das obras em rodovias no RS e por qual das três citadas o governo federal começaria. A resposta não foi precisa.
- Imediatamente, nós já começamos a preparar a retomada dessas obras, aquelas que estão paralisadas e os contratos podem ser reabilitados. As que não podem, vamos relicitá-las - disse.
Durante a entrevista, da qual participaram várias rádios do Brasil, cada jornalista teve direito a fazer uma pergunta. Rui Costa também comentou sobre o apagão que afetou 29 milhões de residências em 26 unidades da federação, na terça-feira (15). Repetiu que foi um "erro técnico, falha técnica".
- Não há razão para esse apagão. A gente viveu alguns apagões no Brasil em períodos onde nós tínhamos crise de geração de energia, ou seja, reservatórios de água estavam em baixa. Você tinha mais demanda que oferta, o que levava ao colapso no sistema - afirmou. - Não é o caso nesse momento, nós estamos com sobra de energia. os reservatórios estão todos cheios, temos um parque eólico e solar gerando energia. Então não há razão nem de oferta nem de demanda.
E acrescentou:
- Foi um erro técnico, falha técnica. Precisa identificar o que foi que aconteceu, e espero que o mais rápido possível nós consigamos dizer à sociedade (as causas).