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Logística e conexão são fundamentais para o desenvolvimento econômico de um país, mas não falo aqui apenas de pontes, estradas e hidrovias, as partes mais incensadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado nesta sexta-feira (11) pelo governo Lula. Falo de ligações invisíveis, de iniciativas intangíveis, que, se saírem mesmo do papel, virão para amenizar o drama de milhares de crianças e adolescentes dos grotões brasileiros sem conexão com a internet nas escolas.
Não adianta comprar equipamentos como computadores e chromebooks se não há rede wi-fi em instituições públicas. Internet é tão importante hoje quanto os livros didáticos. Cresci pesquisando em Atlas Geográficos, redesenhando mapas em papel manteiga, lendo enciclopédias e colando bandeiras de países em álbuns de figurinhas. Hoje, embora esses materiais impressos, que ajudaram a determinar meu futuro como jornalista internacional, tenham um componente didático e até lúdico, a rede tem capacidade de abrir uma janela para o mundo ainda mais instantânea e amigável. Mas nada disso, do Google Earth às visitas hoje possíveis com um clique aos mais maravilhosos museus do mundo, sem acesso à rede. Essa é a realidade em milhares de instituições de ensino nos mais longínquos rincões do Estado e do país.
Pelo anúncio do governo federal, serão investidos R$ 6,5 bilhões para conectar escolas públicas à rede em uma parceria do Ministério da Educação e das Comunicações.
Ao todo, cerca de 138 mil escolas públicas de ensino básico serão atendidas - 7.294 no Rio Grande do Sul - até 2026. Quando falamos de educação, costumamos lembrar da construção de escolas, de segurança e de programa pedagógico, mas mas nem sempre destacamos os estudantes precisam estar conectados com o mundo. E a janela é a internet. Em escolas sem energia, serão implantados geradores fotovoltaicos.