Em entrevista nesta terça-feira (8) ao vivo no Jornal do Almoço, da RBS TV, o governador Eduardo Leite garantiu que a maior parte dos recursos provenientes da privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) irá para investimentos em educação. Questionado pela coluna sobre se poderia confirmar quanto do montante de R$ 4,15 bilhões da venda para o Grupo Aegea será direcionado para o setor, Leite disse que "não se trata de percentual", mas de "fluxo dos projetos".
- A prioridade absoluta é a educação sobre qualquer outra prioridade - afirmou. - O fluxo dos projetos, ficando prontos, a gente vai empregando aí.
A Lei de Responsabilidade Fiscal impede que recursos financeiros provenientes de processos de privatização sejam aplicados em custeio da máquina pública ou em eventuais reajustes salariais de servidores, por exemplo.
- Todo recurso das privatizações volta para a sociedade na forma de investimentos. É o que a lei exige e é o nosso compromisso - disse.
O governador explicou que problemas em escolas cujas obras ainda não foram concluídas passa menos pela questão de recursos e mais sobre agilizar processos. O Piratini trabalha em várias frentes: dinheiro direto em escolas; remapeamento dos fluxos para execução de reformas; e contratação de serviços de manutenção.
Até o final do ano, a Secretaria Estadual da Educação pretende fazer um projeto piloto em Porto Alegre para contratação de mão de obra para manutenção das instituições de ensino.
- É um método inovador: o Estado levanta qual o custo de rede elétrica, de aberturas, de alvenaria, e já deixa pré-contratadas empresas, como fazemos com a manutenção de estradas. Vai ter uma empresa definida para fazer a manutenção de uma determinada região para que não tenhamos de fazer um processo específico para cada escola, para poder repará-la e colocá-la no seu estado original mais rapidamente - acrescentou.