O regresso de Guaidó
Desafiando Nicolás Maduro, o autoproclamado presidente Juan Guaidó retornou à Venezuela na segunda-feira (4) sem ser preso. Pesava contra ele uma proibição de sair do país, e Maduro havia ameaçado detê-lo caso ele regressasse. Foi a primeira grande vitória da oposição desde o dia 23 de janeiro. O regime balança, mas não cai. Na quinta (7) e sexta-feira (8), um apagão expôs a fragilizada infraestrutura do país. O governo Maduro denuncia "sabotagem".
Documentos sigilosos
O papa Francisco anunciou na segunda-feira (4) que vai abrir completamente os arquivos secretos do Vaticano da época do pontificado de Pio 12. Numerosos pesquisadores vêm exigindo há anos acesso aos documentos.
Alguns judeus acusam Pio, que foi papa de 1939 a 1958, de omissão em relação ao Holocausto durante a II Guerra Mundial, por não ter se pronunciado radicalmente contra o Holocausto.
Entranhas do Itamaraty
O embaixador Paulo Roberto de Almeida foi afastado na segunda-feira (4) do cargo de diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri), órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores.
Em entrevista à coluna, ele saiu atirando: disse que foi exonerado por críticas a Olavo de Carvalho, chamou o chanceler Ernesto Araújo de "embaixador júnior" e expôs as vísceras do Itamaraty sob o governo de Jair Bolsonaro.
Cardeal condenado
O cardeal Philippe Barbarin, uma das mais altas figuras da Igreja Católica na França, foi condenado na quinta-feira (7) por um tribunal de Lyon a seis meses de prisão.
Pouco depois do anúncio da sentença, ele disse que irá apresentar sua renúncia ao papa Francisco. Aos 68 anos, Barbarin foi declarado culpado por não ter denunciado, entre julho de 2014 e 2015, abusos sexuais cometidos nas décadas de 1980 e 1990 pelo padre Bernard Preynat, de sua diocese.
O homem do presidente
Um dos ex-homens fortes de Donald Trump, Paul Manafort, foi sentenciado na quinta-feira (7) a três anos e 11 meses de prisão por fraude fiscal e bancária.
Os crimes foram descobertos durante a investigação conduzida pelo procurador especial Robert Mueller sobre a atuação da Rússia nas eleições presidenciais de 2016. Manafort foi chefe de campanha de Trump.
Cristina e a prisão
O cerco se fecha em torno de Cristina Kirchner. Na quinta-feira (8), a Suprema Corte do país vizinho confirmou ordem judicial de prisão da ex-presidente. Para que ela vá para a cadeia, porém, o Senado terá de suspender a imunidade parlamentar de Cristina. Isso é pouco provável porque os peronistas dominam a Casa.
A ex-presidente é acusada de acobertar parte da investigação sobre o atentado contra a Associação Mutual Israelense Argentina (Amia), em 1994, em Buenos Aires.