As imagens impressionantes da cratera, que pode chegar a oito quilômetros de profundidade e dividir em duas a África, provocaram assombro mundo afora. Embora surpreendente, não chega a ser novidade para pesquisadores, que acompanham a décadas a movimentação das placas tectônicas na região.
Para o professor Rualdo Menegat, membro de grupo da Unesco para desenvolvimento sustentável e professor da Geologia da UFRGS, estamos observando um fenômeno "a quebra do continente".
— A placa da Somália está se afastando da placa da Núbia a uma velocidade de 2,5 centímetros ao ano. Você pode dizer, "ah, mas isso é muito pouco". Mas veja, é a velocidade de crescimento das nossas unhas. Não é pouca coisa. Cada vez que corto a unha é tanto quanto a Somália está se afastando da placa da Núbia — afirmou à coluna nesta terça-feira.
Abaixo, veja a extensão da fenda, sua localização e uma projeção de como pode ser o novo continente dentro de 10 a 15 milhões de anos.