Uma aceleradora de startups com sede em Washington, capital dos Estados Unidos, está em busca de negócios com foco em impacto social.
Em nove anos de atuação, a Halcyon impulsionou 400 empreendedores e 300 startups, das quais 75% têm ao menos uma mulher na liderança e 78% têm como fundadores pessoas negras, latinas e indígenas. E à frente de seu programa de bolsas, está um gaúcho, Marcelo Homrich, que atua na empresa há cerca de dois anos.
Os projetos apoiados pela Halcyon são alicerçados em três pilares: inclusão social, saúde e clima. Os dois últimos temas são os focos dos programas abertos para inscrições de todo o mundo, com prazo final no próximo dia 20. Clique aqui para ver as opções e como se candidatar.
Uma das empresas selecionadas em um dos programas foi a startup gaúcha Bioplix, que desenvolve um revestimento biodegradável capaz de conservar frutas, legumes e verduras, ampliando o tempo de duração dos alimentos e, assim, reduzindo o desperdício.
Marcelo é um porto-alegrense que fez MBA em marketing na ESPM e graduação e mestrado em administração de empresas na UFRGS. Já se dedicava a ensinar e gerenciar projetos de aceleração de startups no Brasil, e agora, conecta novas startups à aceleradora nos Estados Unidos.
— Trabalhamos com incubação de startups de impacto, que buscam escala e crescimento para atender mercados globais. O grande diferencial é o foco em empresas e negócios que juntem lucro e propósito. Todas as startups têm fins lucrativos, e precisam também, no seu core business, oferecer um serviço que ajude alguém em algum lugar — destaca Marcelo.
A Halcyon oferece vários programas. O residencial, que está aberto agora, é de oito semanas, com a maior parte do trabalho desenvolvido em Washington, onde as startups ficam hospedadas sem custo.
— Após a seleção, é oferecida uma bolsa de US$ 10 mil para ajudar com passagem e demais despesas pessoais, além de estrutura própria para os treinamentos, focados em impacto, liderança, investimento e fundamentos para negócios — acrescenta Marcelo.
Além dessa imersão com curadoria especializada de profissionais convidados e da equipe da própria incubadora e de eventos com parceiros para networking, as startups que participam do programa têm acesso aos canais de investimentos oferecidos, que vão desde micro empréstimos até fundos de investimentos para valores maiores. Para 2024, estão previstos novos programas, incluindo um destinado especificamente para startups da América Latina.
— Também avaliamos a escalabilidade do negócio, para passar de uma atuação local para internacional e global. As empresas não precisam estar prontas, vamos preparar as startups para isso, o que tiverem de potencial, vamos acelerar — acrescenta o gaúcho, fazendo um convite às startups gaúchas para que se apresentem aos programas da Halcyon.
* Colaborou Mathias Boni