Duas empresas assinaram nesta segunda-feira (2) o primeiro contrato de financiamento com o BNDES para a construção de uma planta de produção de biometano. Do investimento de R$ 120 milhões, R$ 99,7 milhões virão do Fundo Clima, que assim financia o primeiro projeto de biometano a partir de resíduos sólidos urbanos.
O projeto da Biometano Sul, empresa da Solví Essencis Ambiental, e da Arpoador Energia vai usar biogás proveniente de aterro sanitário em Minas do Leão (RS), da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), coligada ao Grupo Solví. Será construída ao lado das atuais instalações da cidade gaúcha.
A planta será a maior de biometano da Região Sul , com produção de 66 mil metros cúbicos por dia. O início da operação é previsto para o segundo semestre de 2024. Segundo a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, "o projeto é um marco para o BNDES, pois usa os recursos do Fundo Clima para uma iniciativa que conjuga transição energética com o aprimoramento da destinação dos resíduos sólidos urbanos".
Segundo Celso Pedroso, CEO da Solví, o projeto faz parte do planejamento da empresa, que prevê a valorização do biogás proveniente de aterros sanitários com a produção de biometano em diversas plantas do grupo, contribuindo para a gestão sustentável e a circularidade dos resíduos. O Grupo Solví é o maior gerador de energia sustentável proveniente de biogás de aterro sanitário da América Latina.
Roberto Faria, presidente da Arpoador, afirma que "a substituição do combustível fóssil pelo uso do biometano, um gás natural renovável, é um projeto estratégico para o Rio Grande do Sul que fortalece a sua posição na transição energética brasileira".
O que é biometano
É um combustível sustentável similar ao gás natural (de origem fóssil), que pode ser utilizado por indústrias e frotas veiculares adaptadas para esse combustível. É uma alternativa menos poluente aos combustíveis fósseis, sendo uma fonte de energia renovável e sustentável.