Teve calorão, chuva, névoa - as quatro estações e algo a mais na segunda edição do South Summit em Porto Alegre. Teve filas, belas paisagens, muito debate e falta de água.
Ao longo das muitas conversas que teve durante o festival com vários públicos - de motoristas de Uber a patrocinadores do evento, passando por jornalistas e palestrantes - a coluna colheu sugestões para o próximo, em 2024.
1. A data do evento ainda não está consolidada: no ano passado foi em maio, neste, no final de março, para ficar perto do aniversário de Porto Alegre. A coluna ouviu muitas sugestões, dos mais variados públicos, para a repensar o calendário para algo entre abril e maio. Ninguém quer enfrentar outra vez o calor do dia de estreia, que provocou até desmaios em salas sem ar-condicionado.
2. Uma solução para o nó de trânsito - que se forma especialmente no início da manhã e no início da tarde - não exige viaduto. Basta, sugeriu um motorista de Uber, permitir o acesso na pista da direita só para quem vai largar algum caroneiro, com ou sem remuneração. Claro, com melhor interação dos fiscais de trânsito e outros ajustes no fluxo da cidade, ao menos nos horários críticos.
3. Além do trânsito, o acesso de pedestres pode ser melhorado. Além de poupar longas caminhadas, permitiria "fuga" mais rápida da chuva. Essa sugestão a coluna colheu de um jornalista de uma publicação do centro do país surpreendido pela violenta queda de água na quarta à tarde.
4. Feira de inovação exige internet rápida e estável. A coluna ouviu queixas sobre velocidade e estabilidade de vários públicos, entre os quais um executivo de uma das patrocinadoras do South Summit. Então, reforçar o sinal para 2024 é uma providência crucial.
5. Neste ano, a coluna soube que até os palestrantes (speakers) ficaram apertados. Como a busca de um refúgio com ar-condicionado virou missão impossível, a sala destinada a esse público pode ter mais espaço em 2024. Além disso, eles sugerem uma providência que facilitaria muito o trânsito dos visitantes: um maleiro.
6. Rever o kit inscrição: embora alguns participantes realmente usassem a garrafinha de água que vinha com o crachá, outros acabaram produzindo involuntariamente mais resíduo plástico, por não dar a destinação correta. Mais útil, a coluna ouviu, com surpresa, de um nordestino, seria um boné para proteger do sol inclemente do Forno Alegre - principalmente se a data não mudar.
Embora tenha focado nas sugestões de interlocutores, é claro que a coluna tem a sua sugestão - desde o ano passado, inclusive. Embora seja simpática a ideia de embutir sementes para plantio, o crachá de papel poderia ser substituído por uma pulseira ou simplesmente por leitura de QR Code no próprio celular. Geraria menos resíduos, menos estresse e menos filas.