A ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) redobra a dureza do comunicado que avisou que o Brasil vai enfrentar um choque de juro.
Não só reafirma que até 19 de março de 2025 a taxa de juro deve chegar a 14,25% como não se compromete em parar aí.
"A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos."
Na véspera, as negociações com juros futuros alcançaram os 16% no último trimestre de 2025. Fernando Marchet, vice-presidente e coordenador da divisão de Economia da Federasul, já havia projetado uma taxa de 15,75% no final de 2025.
A ata ainda repõe uma palavra que economistas avaliaram que havia faltado no comunicado:
"O Comitê então decidiu, unanimemente, pela elevação de 1,00 ponto percentual na taxa Selic e pela comunicação de que, em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões. Na discussão que embasou tal deliberação duas dimensões foram bastante discutidas."