A cotação das "verdinhas" já vinha se aproximando dos R$ 5, mas ainda não havia voltado a fechar abaixo dessa barreira psicológica.
Nesta segunda-feira (21), caiu 1,45%, para encerrar o dia em R$ 4,945, pela primeira vez abaixo de R$ 5 desde 30 de junho de 2021, há quase nove meses.
Isso ocorre em um dia em que soam alarmes sobre a segurança alimentar dos países resultantes das sanções econômicas à Rússia. O Brasil é visto como um país exportador de alimentos e outras matérias-primas básicas, as chamadas commodities, portanto em melhor situação nesse contexto.
Nos Estados Unidos, houve mais sinais de aumento no juro básico e, no Brasil, o Banco Central (BC) publicou o relatório Focus em que aparece pela primeira vez a projeção de Selic de 13% no final do ano, 0,25 ponto percentual acima da projeção dominante anterior, depois do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) que projetou nova alta de 1 ponto percentual no início de maio. A projeção de alta no custo do dinheiro ajuda a valorizar o real.
O petróleo também deu mais um pinote nesta segunda-feira (21), depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, endureceu o discurso e os ataques à Ucrânia. O barril do tipo brent saltou 7,9%, para US$ 116,54 na bolsa de Londres. Agora, fica mais distante o aceno de que a Petrobras poderia reduzir o preço da gasolina nas refinarias.