Um dos terrenos mais emblemáticos de Porto Alegre foi alvo de negociação, e agora dará lugar a um complexo que reunirá área comercial, gastronômica e residencial.
O novo projeto é o resultado de tratativas entre a Verdi, que havia recebido a área em pagamento pela construção do presídio de Sapucaia do Sul, e a Melnick, incorporadora de Porto Alegre que acabou de reforçar seu capital na bolsa de valores.
Conforme Marcelo Guedes, diretor de incorporação da Melnick, ocupar terrenos icônicos em Porto Alegre tem sido uma das características da empresa. A área de quase 10 mil metros quadrados vai abrigar térreo e andares baixos com operações comerciais e de serviços.
A empresa estima que o valor geral de vendas (VGV, a estimativa do total que o projeto pode render à incorporadora) é de R$ 250 milhões. Embora o projeto ainda esteja no detalhamento final, diz Guedes, há perspectiva de que possam ser construídas três torres de 17 andares.
– A vocação ali é naturalmente comercial. Vamos explorar o térreo e os primeiros andares com comércio, serviços, e algum foco em gastronomia. A área permite até 52 metros de altura, pelo plano diretor. O estudo ainda não tem a definição final, mas provavelmente serão três torres, pelo tamanho do terreno – detalha Guedes.
A expectativa da Melnick é fazer o lançamento em 2022 e concluir a construção até 2025. Conforme Guedes, esses prazos vão depender do licenciamento do projeto. O executivo explicou que não houve propriamente uma venda, mas uma permuta. A Melnick fará o projeto, a execução e a venda, depois cederá uma determinada parcela de área construída para a Verdi. A coluna quis saber se houve muita disputa pelo terreno, e Guedes não negou:
– Ficamos algum tempo em tratativas, porque havia disputa, sim. Raramente algum terreno não tem diversos interessados, imagina este que, além de grande, tem posição estratégica e enorme visibilidade. Dá frente para três ruas, a Ipiranga, a Silva Só e a Felipe de Oliveira. É uma joia.