A quase guerra
A semana começou à espera da represália do Irã ao ataque dos Estados Unidos que matou o maior líder militar do país dos xiitas, Qassem Soleimani. A resposta foi oficial, direta e contida, seguida por um pronunciamento também cauteloso do presidente americano, Donald Trump. A tensão baixou, embora ainda permaneça a incerteza sobre eventuais novos desdobramentos. O petróleo acumulou alta ao redor de 10%, depois começou a desinflar, reabrindo o debate sobre reajuste de combustíveis no Brasil.
Ataque às usinas
A estiagem no Estado começou a gerar preocupação no setor de energia, com redução no nível dos reservatórios de hidrelétricas. A usina Passo Fundo, em Entre Rios do Sul, começou a semana com 28,4% do volume útil de água disponível. A situação geral é bastante irregular, há barragens com ainda menos água, outras quase cheias. A CEEE avalia que, nas suas, ainda não há motivo para alarme.
Veto à "taxa do sol"
Depois de uma longa discussão e do anúncio de que a Aneel retiraria o subsídio à geração distribuída de energia solar, o presidente Jair Bolsonaro interveio e vetou o fim de um incentivo que beneficia tanto consumidores residenciais quanto empresas que passaram a basear seu modelo de negócios nesse benefício. No saldo final, aumentou a percepção de quanto o Brasil é imprevisível.
De olho na CEEE
Ao passar pelo Estado nesta semana, o presidente do Grupo CPFL, Gustavo Estrella, reiterou o interessa da companhia, que já detém cerca de dois terços do mercado gaúcho de distribuição de energia, na privatização da CEEE-D, que será vendida separadamente. Mas advertiu que já desistiu de negócios semelhantes, no passado, por considerar o preço alto demais. Há um esforço, na CEEE e no Piratini, para transformar o prejuízo acumulado em quase R$ 4 bilhões da distribuidora em ativo, já que rende créditos tributários.