Depois de perder força ao longo do primeiro semestre, a confiança de empresários voltou a dar sinais de ânimo em julho. Dados divulgados por entidades nesta quinta-feira (18) apontam melhores perspectivas – ou não tão frustrantes – em relação aos próximos meses na economia.
Neste mês, o índice de confiança de industriais gaúchos subiu pela primeira vez após cinco quedas consecutivas, conforme a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs).
Na comparação com junho, passou de 55,8 para 56,1 pontos, em escala de zero a cem. Quando está acima dos 50, como neste caso, manifesta confiança.
O avanço no indicador é um dos termômetros de maior possibilidade de investimentos por parte das empresas. Mas, como o país vivenciou ao longo da crise econômica, não garante por si só a atração de aportes e a consequente recuperação. Até lá, existe longo período a ser percorrido, e um dos desafios é a reversão da baixa demanda por produtos e serviços.
Para a economia crescer, analistas apontam que o país tem de avançar na agenda de reformas e, ao mesmo tempo, buscar ações capazes de gerar fôlego pontual. O anúncio de uma das medidas estudadas pelo governo Jair Bolsonaro, a liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), foi adiado nesta quinta-feira. Apesar dos efeitos limitados, a permissão para retirada dos recursos deve gerar estímulos ao consumo.
O que empresários e analistas desejam que não volte a acontecer é o sucessivo registro de turbulências provocadas por Bolsonaro e seu entorno. Apesar disso, o presidente resolveu insistir nesta quinta-feira em uma das polêmicas. Em Brasília, defendeu outra vez a indicação do filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à embaixada brasileira em Washington (EUA).