A economia nacional começou a semana com a confirmação de sinal de alívio, mas ainda bem distante de espalhar animação. Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) subiu 0,54% em maio, na comparação com abril, apontou nesta segunda-feira (15) o Banco Central (BC). Foi a primeira alta após quatro quedas consecutivas.
O PIB é divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com diferenças metodológicas, o IBC-Br representa uma espécie de termômetro mensal do desempenho da economia.
Mesmo com o avanço em maio, o indicador calculado pelo BC seguiu negativo em período mais longo. No trimestre encerrado no quinto mês do ano, caiu 0,99% frente aos três meses imediatamente anteriores. Por causa desse resultado, o economista-chefe da corretora Necton, André Perfeito, mantém a projeção de volta da recessão técnica ao país.
O jargão é usado para descrever dois trimestres consecutivos de queda no PIB. Como houve baixa de 0,2% entre janeiro e março, novo recuo entre abril e junho provocaria o retorno da recessão. O PIB do segundo trimestre será apresentado pelo IBGE no fim de agosto. Perfeito estima variação negativa de 0,1% no período.
Na economia, a largada da semana também foi marcada pela desaceleração da China, principal destino das exportações brasileiras. Números conhecidos nesta segunda-feira indicam que o país asiático cresceu 6,2% no segundo trimestre, menor avanço em 27 anos, influenciado pela tensão com os Estados Unidos.
– A China colocou o pé no freio. Com isso, a economia mundial também cresce menos. Atinge o Brasil – frisa Perfeito.